O lendário vibrafonista, compositor e produtor tinha 84 anos
O anúncio foi feito pela família nas redes sociais: É com grande tristeza que a família de Roy Ayers anuncia o seu falecimento, ocorrido a 4 de março de 2025 na cidade de Nova Iorque, após uma doença prolongada. Viveu 84 lindos anos e vai fazer muita falta. A família pede que respeitem a sua privacidade neste momento.
Ayers começou como músico de acompanhamento no início dos anos 60, conseguindo um lugar a trabalhar com o lendário flautista de jazz Herbie Mann. No final dessa década, lançou-se por conta própria, formando os Roy Ayers Ubiquity e tornando-se um verdadeiro pioneiro na fusão de R&B e jazz. A sua ampla visão tomou forma no início dos anos 70, concretizando-se no seu álbum de sucesso de 1976, Everybody Loves The Sunshine.
A música de Ayers tornou-se influente nas comunidades hip-hop e house, mas em nenhum lugar foi mais venerada do que na geração de artistas neo-soul que surgiu na década de 1990, levando Ayers a ser apelidado de “Padrinho do Neo-soul”. Trabalhou com muitos dos grandes nomes dessa década, incluindo Mary J. Blige, A Tribe Called Quest e Erykah Badu.
Na viragem do novo século, Ayers estava novamente em movimento, experimentando a música house e colaborando com grandes nomes, como Master at Work. Em 2015, a SoulTracks homenageou-o com o prémio SoulTracks Lifetime Achievement Award, reconhecendo a sua influência para além da cena jazzística. Cinco anos depois, Ayers fez uma parceria com Adrian Younge e Ali Shaheed Muhammad para o álbum, muito aclamado pela crítica, “Jazz Is Dead”.
Ao longo do século XXI, Ayers continuou a fazer digressões, tanto como cabeça de cartaz como parte de concertos com vários artistas, demonstrando o seu talento musical até aos 80 anos. A sua morte assinala outro marco triste para 2025, mas será um artista cuja música – e influência musical – continuará por muitos anos.