Quincy Jones morreu em casa, em Los Angeles, rodeado pela família
Morreu Quincy Jones, nome incontornável da indústria musical e produtor de artistas tão consagrados como Michael Jackson ou Frank Sinatra. Tinha 91 anos. A morte foi confirmada pelo agente Arnold Robinson e pela família do artista na manhã desta segunda-feira, 4 de Novembro. “Esta noite, com o coração cheio mas partido, temos de partilhar a notícia do falecimento do nosso pai e irmão Quincy Jones “, diz o comunicado emitido pela família: “Embora esta seja uma perda incrível para a nossa família, celebramos a grande vida que ele viveu e sabemos que nunca haverá outro como ele.”
Quincy Jones morreu em casa, na região de Bel Air na cidade norte-americana de Los Angeles, na noite do domingo passado. Para a histórica ficam, por exemplo, os três álbuns que fizeram de Michael Jackson o rei da pop — Off the Wall, Thriller e Bad — e os trabalhos que desenvolveu com artistas como Will Smith, Donna Summer e Aretha Franklin. É um dos artistas com o maior número de nomeações para os Grammy: foram 80, ultrapassados apenas pelas 88 nomeações conquistadas tanto por Beyoncé como por Jay-Z. Venceu em 28 dessas ocasiões.
Mas o trabalho de Quincy Jones ultrapassa o mundo da pop. O produtor musical também compôs peças para Count Basie, um dos maiores artistas jazz dos Estados Unidos, e criou as trilhas sonoras de filmes como A Cor Púrpura (1985), Austin Powers (1997) ou Get Rich or Die Tryin’ — Vencer ou Morrer (2005). Além da música, Quincy Jones também esteve envolvido na produção do sitcom O Príncipe de Bel-Air (1990) e na criação do serviço de televisão Qwest TV. As mais de sete décadas de carreira incluem também a produção da canção “We Are the World“, que juntou 45 cantores norte-americanos no projecto de luta contra a fome em África em 1985.