Na vertente feminina, que, ao contrário do masculino, se estende por um ano (01 de agosto de 2022 a 20 de agosto de 2023), a espanhola Aitana Bonmatí juntou, sem surpresas, o The Best à Bola de Ouro da France Football.
O argentino Lionel Messi, ausente da Gala, venceu o prémio The Best, da FIFA, pela oitava vez, superando o norueguês Erling Haaland e o francês Kylian Mbappé, enquanto o sportinguista Nuno Santos não arrecadou o troféu Puskas.
A vitória de Messi, atualmente nos norte-americanos do Inter Miami, surpreendeu todos na Gala, em Londres, onde o ponta de lança dos ingleses do Manchester City era o grande favorito, face às conquistas da Liga dos Campeões, Liga inglesa e Taça de Inglaterra, em 2022/23, e, já em 2023/24, a Supertaça Europeia.
Contudo, o companheiro de equipa dos lusos Bernardo Silva e Rúben Dias nos “citizens”, acabou por ver Messi, ausente de Londres, “sair” vitorioso pelo que fez entre 19 de dezembro de 2022, no pós-Mundial, e 20 de agosto de 2023 – marcou 28 golos e fez 12 assistências em 2023, entre seleção e clubes.
Messi e Haaland somaram ambos 48 pontos, contra os 35 de Mbappé, sendo que o argentino foi quem recolheu mais votos de cinco pontos dos capitães das seleções — 107 contra 64.
Messi, de 36 anos, já tinha arrebatado o prémio em 2009, 2010, 2011, 2012, 2015, 2019 e 2022 – de 2010 a 2015, o prémio foi uma eleição conjunta entre a FIFA e o France Football (FIFA Ballon d”or) –, junta novo “The Best” a oito triunfos na “Bola de Ouro”.
Em 2023, o argentino conquistou a Liga francesa, pelo Paris Saint-Germain, antes de se mudar para o Inter Miami, da liga norte-americana (MLS), ao serviço do qual conquistou a Leagues Cup.
No ranking do prémio da FIFA, Messi passou a contar mais três troféus do que o português Cristiano Ronaldo, que ganhou em cinco ocasiões (2008, 2013, 2014, 2016, 2016/17).
Na vertente feminina, que, ao contrário do masculino, se estende por um ano (01 de agosto de 2022 a 20 de agosto de 2023), a espanhola Aitana Bonmatí juntou, sem surpresas, o The Best à Bola de Ouro da France Football.
A médio do FC Barcelona, com 52 pontos, superou a colombiana Linda Caicedo (40) e compatriota Jennifer Hermoso (36), para suceder à também espanhola Alexia Putellas, vencedora em 2021 e 2022.
De uma lista de 23 nomes, saiu o melhor “onze” de 2023, no qual consta os dois internacionais portugueses Bernardo Silva e Rúben Dias, ao lado dos companheiros de equipa John Stones, Kyle Walker, Kevin De Bruyne e Erling Haaland, além de Thibaut Courtois, Vinícius Júnior e Jude Belingham, todos do Real Madrid, Kyllian Mbappé (Paris Saint-Germain) e Lionel Messi (Inter Miami).
De fora, ficou Cristiano Ronaldo, dos sauditas do Al Nassr, que foi o melhor marcador do ano civil, com 54 golos, incluindo 10 ao serviço da seleção portuguesa, na qualificação para o Euro2024.
O sportinguista Nuno Santos, autor de um golo de “letra” frente ao Boavista na época 2022/23, saiu de Londres sem razões para sorrir, já que o galardão Puskas “caiu” para o brasileiro Guilherme Madruga, do Botafogo. O paraguaio Julio Enciso, do Brighton, também concorria ao prémio.
Com um total de 28 pontos, o galardão de melhor treinador foi entregue ao espanhol Pep Guardiola, que conduziu o Manchester City a um triplete inédito, à frente dos italianos Luciano Spalletti (18), que atualmente lidera a seleção italiana, após conquistar o título de campeão transalpino com o Nápoles em 2022/23, e Simone Inzaghi (11), responsável por guiar o Inter Milão até à final da Liga dos Campeões da época passada, e à vitória na Taça de Itália e na Supertaça transalpina.
“Uma honra para o Manchester City. Quero agradecer ao meu staff, aos nossos jogadores, agradecer a todos sem exceção. Quer se ganhe ou perca, é um prazer trabalhar com eles todos. Obrigado ao meu pai por estar aqui e, claro, ao meu irmão, aos meus filhos e à minha mulher”, agradeceu o técnico espanhol.
Já na categoria de melhor treinador no futebol feminino, a neerlandesa Sarina Wiegman, selecionadora de Inglaterra, com um total de 28 pontos, recolheu mais do que a inglesa Emma Hayes (18), do Chelsea, e o espanhol Jonatan Giráldez (14), do FC Barcelona.
O brasileiro Ederson, antigo jogador do Rio Ave e do Benfica, atualmente no Manchester City, não integra o melhor “onze” do ano 2023, mas acabou vencer o galardão de melhor guardião, com 23 pontos, contra o belga Thibaut Cortois (20), do Real Madrid, o marroquino Yassine Bounou (16), treinado pelo português Jorge Jesus no Al Hilal e que em 2023 ainda atuou pelo Sevilha.
“Quero agradecer a Deus por todas as conquistas, à minha família, que é muito importante no meu dia-a-dia. Quero a agradecer à minha equipa pelo ano maravilhoso, em especial ao grupo de guarda-redes. Foi um ano de realizações para mim, porque abdiquei muito para conquistar muitas coisas e hoje estou muito feliz”, manifestou Ederson.
No feminino, a premiada foi a inglesa Mary Earps (Manchester United), superando a espanhola Catalina Coll, do FC Barcelona e campeã do mundo de seleções, e a australiana Mackenzie Arnold (West Ham).
De resto, os falecidos Franz Beckenbauer, Mário Zagallo e Sir Bobby Charlton foram homenageados na Gala, através de um vídeo, enquanto o prémio “fair-play” foi entregue a seleção brasileira masculina.
Hugo Miguel Íñiguez, fã dos argentinos do Colón de Santa Fé, foi distinguido na cerimónia por ter sido filmado a dar biberon ao filho na bancada, durante um jogo.