A redação do JN criou uma petição contra o despedimento coletivo anunciado alertando que será “a morte” daquele diário e que terá consequências para região Norte, que contava hoje, pelas 10:20, com 4.763 subscritores.
Os vereadores da Câmara do Porto mostraram-se hoje preocupados com a intenção de despedimento coletivo no Global Media Group e solidários com os jornalistas do Jornal de Notícias, defendendo a importância do diário para a cidade e região.
A declaração, apresentada hoje pelo presidente da Câmara do Porto durante a reunião pública do executivo municipal, uniu todos os vereadores na defesa do Jornal de Notícias (JN) na cidade e na região Norte.
“É com tristeza e preocupação que assisto a esta situação”, afirmou Rui Moreira, dizendo não querer interferir na liberdade empresarial, mas ver com preocupação a intenção de um despedimento coletivo no Global Media Group, em particular de 40 profissionais do JN.
Destacando os “dados muito positivos” do jornal centenário ao nível da circulação média e audiência “online”, o autarca independente mostrou-se surpreendido pela intenção de despedir jornalistas “do título que sempre deu dinheiro ao grupo, do título que é líder de audiências em vários segmentos, do título que sempre fez História no Porto, na região e no país”.
Pelo PS, a vereadora Rosário Gambôa mostrou-se também preocupada com o despedimento coletivo anunciado, defendendo a importância do JN.
“É um jornal que tem uma cobertura importante, que é de alguma forma a voz do Norte”, afirmou.
Também a vereadora da CDU, Ilda Figueiredo, destacou a necessidade de todos os membros do executivo estarem “solidários na defesa do JN, o último grande jornal diário que há no Norte”.
“As notícias vindas a lume e a preocupação que os trabalhadores já demonstraram é muito séria”, afirmou, acrescentando que o pluralismo, democracia e região têm no JN “uma voz importante”.
Já a vereadora Maria Manuel Rola, do BE, destacou a relevância do JN para a cidade, região e país, lembrando que “um jornal não se faz sem jornalistas” e que a intenção de despedimento coletivo pretenderá “alterar a forma como o JN funciona”.
“Estamos totalmente solidários com a greve dos jornalistas e defendemos a importância do JN a nível nacional e coesão territorial”, acrescentou.
Pelo PSD, o vereador Alberto Machado salientou o papel histórico do diário, dizendo estar preocupado com o impacto do despedimento coletivo na “qualidade deste meio de comunicação”.
A redação do JN mantém o pré-aviso de greve para quarta e quinta-feira, justificando os trabalhadores do jornal a decisão com a “falta de resposta da administração ao pedido de esclarecimento sobre a intenção de despedimento coletivo no Global Media Group (GMG) enviado em 24 de novembro”, lê-se na informação enviada na semana passada à Lusa.
A redação do JN criou uma petição contra o despedimento coletivo anunciado alertando que será “a morte” daquele diário e que terá consequências para região Norte, que contava hoje, pelas 10:20, com 4.763 subscritores.
Na petição, intitulada “Somos JN – Em defesa do Jornal de Notícias, do jornalismo e das pessoas”, é explicado que a Global Media Group (GMG), que detém o JN, anunciou a intenção de proceder ao despedimento de cerca de 150 pessoas, das quais 40 pertencem àquele titulo diário, que entre a sede no Porto e a delegação de Lisboa tem cerca de 90 profissionais.