A candidata do PPE precisa de pelo menos 361 votos a favor dos eurodeputados.
A presidente da Comissão Europeia, a alemã Ursula von der Leyen, vai hoje tentar assegurar um segundo mandato à frente do executivo comunitário, necessitando de pelo menos 361 votos a favor dos eurodeputados para o conseguir.
Após reuniões nos últimos dias com várias bancadas do Parlamento Europeu (como Socialistas, Liberais, Verdes e Conservadores) para apelar ao aval destas famílias políticas, a candidata do Partido Popular Europeu (PPE) vai hoje de manhã discursar na sessão plenária da assembleia europeia, em Estrasburgo, para apresentar o seu programa e as suas propostas para uma eventual reeleição.
Depois deste que é o seu último apelo ao voto dos eurodeputados para um novo mandato de cinco anos, segue-se um debate com os parlamentares, que termina com a votação secreta em papel, a partir das 13:00 (hora local, menos uma hora em Lisboa), e o anúncio posterior dos resultados.
É o Parlamento Europeu (PE) que tem de aprovar, após a proposta do Conselho Europeu feita no final de junho, o novo presidente da Comissão por maioria absoluta (metade de todos os eurodeputados mais um), com Ursula von der Leyen a ter de obter luz verde de pelo menos 361 parlamentares (entre 720).
Com uma maior fragmentação partidária no PE, a recondução no cargo ainda não é garantida e têm sido, aliás, vários os parlamentares a ameaçar não apoiar a alemã, alegando que Ursula von der Leyen está demasiado ligada à ala conservadora ou criticando a sua postura em relação à externalização das políticas de migração da União Europeia (UE) e a certos recuos nas metas climáticas.
Se o nome da responsável não obtiver a maioria exigida, a presidente do PE, a reeleita Roberta Metsola, terá de convidar o Conselho Europeu a apresentar um outro nome, para uma nova votação.