A rede da UNIR utilizará quatro dígitos para identificar as linhas, seguindo uma lógica de atribuição por concelho, e contará com autocarros azuis, brancos e pretos em toda a AMP, começando a operar a partir de 01 de dezembro.
A UNIR, nova rede metropolitana de autocarros da Área Metropolitana do Porto (AMP), lançou um “site” para identificar as 439 linhas de autocarro que substituirão as das atuais empresas rodoviárias na região em dezembro, consultou hoje a Lusa.
De acordo com o “site”, disponível em www.unirmobilidade.pt, é possível aos utilizadores procurarem, em cada um dos concelhos da AMP (exceto o Porto, onde a STCP manterá a operação dentro e para os concelhos vizinhos), os números das linhas dos atuais operadores privados na região, e o respetivo novo número do autocarro.
A nova rede e respetiva imagem irá substituir os serviços efetuados pelos cerca de 30 operadores privados rodoviários na AMP, como por exemplo a Caima, AV Feirense, Transdev, UT Carvalhos, Gondomarense, Pacense, Arriva, Maré, Landim, Valpi, Litoral Norte, Souto, MGC, Seluve, Espírito Santo, entre outros.
A rede da UNIR utilizará quatro dígitos para identificar as linhas, seguindo uma lógica de atribuição por concelho, e contará com autocarros azuis, brancos e pretos em toda a AMP, começando a operar a partir de 01 de dezembro.
Apesar do acrescento de um dígito face aos números da STCP, os municípios servidos pela empresa pública (que o continuarão a ser) mantêm o mesmo inicial das suas linhas, já que em Matosinhos se mantém o 5, na Maia o 6, em Valongo o 7, em Gondomar o 8 e em Vila Nova de Gaia o 9.
Assim, a Arouca ficou atribuído o código de linha 10XX, a Oliveira de Azeméis os códigos 123X, 124X (linhas urbanas) e 12XX, a São João da Madeira o 14XX, a Vale de Cambra 16XX, a Santa Maria da Feira 20XX e 21XX (rede urbana), à Póvoa de Varzim 30XX e 33XX (rede urbana), a Vila do Conde 35XX, a Matosinhos 50XX e 51XX (rede noturna), a Maia 60XX, a Trofa 63XX, Santo Tirso 66XX, Valongo 70XX, Paredes 73XX, Gondomar 80XX, Vila Nova de Gaia 90XX e Espinho 95XX.
Quanto às paragens, de acordo com o manual de imagem da UNIR, a que a Lusa teve acesso, as indicações de linhas nos postes terão uma configuração semelhante às da STCP, com identificação da zona Andante, nome e código da paragem, número das linhas e destinos e, tal como sucede também na STCP, nas paragens também estarão afixados os horários previstos de passagens das linhas.
O projeto da UNIR prevê ainda a disponibilização de horários em tempo real através de aplicações móveis.
A AMP vai desembolsar um total de 311,6 milhões de euros ao longo de sete anos no âmbito da nova rede de transportes públicos rodoviários, segundo os contratos.
O preço base do concurso público era de 394 milhões de euros, pelo que a AMP pagará um preço 82,4 milhões de euros abaixo do previsto aquando do lançamento do procedimento, em 2020.
Toda a rede utilizará o sistema de bilhética Andante, e acaba com um modelo de concessão linha a linha herdado de 1948, já que o concurso público foi dividido em cinco lotes, ainda que todos operem sob a mesma marca UNIR.
O lote mais caro foi o Norte Nascente (Santo Tirso/Valongo/Paredes/Gondomar), adjudicado pela AMP à Nex Continental Holdings (conhecida como Alsa) por 93,5 milhões de euros, seguindo-se o Norte Centro (Maia/Matosinhos/Trofa), adjudicado à Vianorbus (consórcio Barraqueiro e Resende) por 82,3 milhões de euros.
Na tabela segue-se o lote Sul Poente (Vila Nova de Gaia e Espinho), adjudicado à Transportes Beira Douro (da Auto Viação Feirense) por 59,8 milhões de euros, o Sul Nascente (Santa Maria da Feira/São João da Madeira/Arouca/Oliveira de Azeméis/Vale de Cambra), adjudicado à Xerbus (Xerpa Mobility e Monbus) por 41,9 milhões de euros, e o Norte Poente (Póvoa de Varzim/Vila do Conde), adjudicado à Porto Mobilidade (consórcio Transdev, Auto Viação do Minho e Litoral Norte) por 34,1 milhões de euros.