ULS do São João investe 1,4ME na Unidade de Medicina de Reprodução

A data para início e conclusão das obras não foi revelada, estando dependente de procedimentos junto do Tribunal de Contas.

Julho 9, 2024

O Centro de Responsabilidade Integrada em Medicina de Reprodução (CRI-MR) da Unidade Local de Saúde do São João (ULSSJ), no Porto, vai ter novas instalações orçadas em 1,4 milhões de euros, foi hoje descrito.

Este investimento visa responder “ao crescente número de pedidos para tratamentos de PMA [Procriação Medicamente Assistida]”, lê-se numa resposta escrita enviada à agência Lusa.

O concurso público para a empreitada de construção de Unidade de Medicina de Reprodução foi lançado a 01 de julho e, de acordo com o anúncio publicado em Diário da República, o prazo de execução do contrato é de 90 dias.

A data para início e conclusão das obras não foi revelada, estando dependente de procedimentos junto do Tribunal de Contas.

O CRI-MR da ULSSJ é o primeiro centro de responsabilidade integrado desta área no país.

Este é o único centro no Serviço Nacional de Saúde (SNS) a fazer diagnóstico genético pré-implantação, razão pela qual a unidade do Porto recebe utentes de todo o país, incluindo Madeira e Açores.

Em causa está dar resposta a casais que têm alguma doença genética ou familiar e pretendem não a transmitir aos filhos.

Em novembro, em declarações à agência Lusa, a diretora do CRI-MR, Sónia Sousa descreveu que neste CRI “é feito um tratamento, os embriões são biopsiados ao quinto dia e as células são analisadas para se ver quais não são portadores da mutação responsável pelo gene”.

“Temos uma lista de espera bastante grande, mas neste momento até essa estamos a conseguir diminuir”, referiu.

Hoje, na resposta à Lusa, o conselho de administração da ULSSJ apontou que o CRI-MR “enfrenta desafios significativos devido às suas atuais instalações, que limitam a capacidade de crescimento e podem comprometer a qualidade dos cuidados prestados”.

Na infraestrutura atual, o CRI-MR dispõe de quatro gabinetes de consulta distribuídos por diferentes áreas, uma única sala destinada aos PMA e uma sala de recobro com capacidade para quatro utentes em simultâneo. No entanto, esta infraestrutura não é suficiente para atender a crescente procura dos serviços de PMA, dado o aumento do número de procedimentos e a necessidade continuar a responder atempadamente aos pedidos”, é explicado

Segundo a ULSSJ, também o laboratório do CRI-MR opera no limite da sua capacidade, o que impede o acréscimo de novos equipamentos e pode limitar a capacidade de resposta atempada às solicitações dos utentes.

Com as obras que estão agora a ser projetadas, está prevista a criação de uma área de espera “mais confortável e privada, salas de consulta e de procedimentos com maior privacidade, entre outras melhorias no design e decoração dos espaços para promover calma e bem-estar”.

O projeto inclui tecnologias “para facilitar a comunicação e a formação contínua dos profissionais em práticas de atendimento humanizado, com vista a aumentar a satisfação dos utentes, reduzir o stress e a ansiedade e contribuir para melhores resultados clínicos, fortalecendo a confiança e colaboração entre utentes e equipa clínica”.

“Além disso, visa proporcionar melhores condições para a formação pré e pós-graduada, criando um ambiente adequado para o desenvolvimento e aperfeiçoamento dos profissionais na área da Medicina da Reprodução”, concluiu.

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