A Linha Rubi, com 6,4 quilómetros e oito estações, inclui uma nova travessia sobre o rio Douro, a “Ponte D. Antónia Ferreira, a Ferreirinha”, que será exclusivamente reservada ao Metro e à circulação pedonal e de bicicletas.
O vice-presidente da Câmara do Porto, Filipe Araújo, afirmou hoje que o túnel do Campo Alegre permanecerá aberto durante toda a obra da linha Rubi, que ligará Santo Ovídio à Casa da Música através de uma nova ponte.
O presidente do Conselho de Administração da Metro do Porto, Tiago Braga, marcou hoje presença na reunião privada do executivo do Porto, onde apresentou o faseamento da obra da linha Rubi e esclareceu o impacto no túnel do Campo Alegre.
Aos jornalistas, o vice-presidente da Câmara do Porto, Filipe Araújo, afirmou que a obra terá em conta as preocupações do município e que “o túnel rodoviário do Campo Alegre permanecerá aberto durante toda a obra”.
“Foram propostas alterações, em termos das entradas para a estação, que possibilitam que não se tenha de interromper o túnel durante esse tempo. É uma questão de reajuste na própria obra”, esclareceu, acrescentando que a obra vai ficar centrada no parque de estacionamento à superfície.
“Ali será o maior estaleiro da obra”, afirmou Filipe Araújo, esclarecendo que os outros estaleiros “serão pontuais” e não vão ter impacto na circulação.
O vice-presidente esclareceu ainda que na Rua do Ouro, na marginal junto ao rio Douro, “há uma única questão” que ainda está a ser estudada pela Metro do Porto e que está relacionada com a catenária da linha do elétrico.
“Na própria construção do suporte à estrutura que depois vai permitir a betonagem da ponte, haverá uma aproximação entre a catenária e essa estrutura que tem de ser salvaguardada e está a ser estudada a hipótese de desviar”, referiu, dizendo que na marginal será também garantida a circulação.
Também aos jornalistas, o social-democrata Alberto Machado afirmou que a Metro do Porto “tem de ser muito mais eficiente na gestão do projeto e programa de obra”, defendendo que os portuenses “não podem continuar a sofrer na pele todos os dias os constrangimentos” provocados pelas empreitadas do metropolitano.
O presidente da Metro do Porto admitiu, a 09 de janeiro, abdicar de uma saída da futura estação do Campo Alegre se não for possível encerrar o túnel rodoviário durante as obras da Linha Rubi.
“O fecho do túnel do Campo Alegre estava associado a uma das quatro saídas que nós temos previstas para a estação do Campo Alegre. Podemos sempre abdicar de uma das saídas, porque são saídas do lado da Faculdade de Letras que são muito próximas uma da outra. Distam apenas 80 metros”, disse aos jornalistas Tiago Braga, após a cerimónia de consignação da empreitada da linha Rubi ao consórcio ACA, FCC e Contratas y Ventas, por 379,5 milhões de euros.
No dia 21 de dezembro, a Câmara do Porto rejeitou o encerramento do túnel do Campo Alegre para a construção da Linha Rubi do Metro do Porto, alegando que “não pode ser encerrado ao trânsito” por ser uma “artéria” viária fundamental da cidade.
O valor global de investimento da Linha Rubi (Casa da Música – Santo Ovídio, incluindo nova ponte sobre o rio Douro) é de 435 milhões, um investimento financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
A Linha Rubi, com 6,4 quilómetros e oito estações, inclui uma nova travessia sobre o rio Douro, a “Ponte D. Antónia Ferreira, a Ferreirinha”, que será exclusivamente reservada ao Metro e à circulação pedonal e de bicicletas.
Em Gaia, as estações previstas para a Linha Rubi são Santo Ovídio, Soares dos Reis, Devesas, Rotunda, Candal e Arrábida, e no Porto Campo Alegre e Casa da Música.