Terminal Intermodal de Campanhã no Porto terá projeto de “adaptação funcional”

Segundo o objeto do contrato com a Brandão Costa Arquitetos, Lda, no valor de 47,9 mil euros, está prevista uma “alteração funcional e dimensional da nave e do cais de embarque, incluindo geometria e (re)nivelamento da área de varrimento”.

Outubro 25, 2024

O Terminal Intermodal de Campanhã (TIC), no Porto, vai ser alvo de uma “adaptação funcional”, tendo a gestora da infraestrutura já encomendado ao arquiteto do edifício um projeto nesse sentido, segundo o portal Base e a STCP Serviços.

De acordo com informação disponibilizada no portal de contratação pública Base, a STCP Serviços, subsidiária da Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP) responsável pela gestão de infraestruturas já contratou ao arquiteto do TIC, Nuno Brandão Costa, “projetos complementares e de adaptação funcional” do terminal.

Segundo o objeto do contrato com a Brandão Costa Arquitetos, Lda, no valor de 47,9 mil euros, está prevista uma “alteração funcional e dimensional da nave e do cais de embarque, incluindo geometria e (re)nivelamento da área de varrimento”.

Também se prevê uma “redefinição dos cais de embarque, boca de entrada e saída e respetivas estruturas e infraestruturas, de acordo com os requisitos do programa funcional solicitado pelo dono de obra”.

Contactada pela Lusa, fonte oficial da STCP Serviços referiu que o projeto “consiste na identificação das melhorias necessárias ao funcionamento do terminal, como instalações sanitárias complementares, relocalização da área para despachos e reformulação da zona de embarque de passageiros”.

“Relativamente à redefinição dos cais de embarque, o objetivo será que a operação ocorra tal como previsto inicialmente, no lado principal, evitando assim o atravessamento dos peões. A altura das plataformas será também revista, indo ao encontro das boas práticas de acessibilidade que este tipo de equipamentos exige”, acrescenta a mesma fonte.

O contrato foi publicado no final de setembro e tem uma duração de 150 dias, pelo que “só após este tempo e com os projetos concluídos” a STCP Serviços avançará “para o lançamento do concurso para a empreitada”.

“Uma estimativa mais apurada de custos decorrerá do projeto, e o prazo de execução da empreitada terá sempre em conta a necessidade de manter o terminal em operação”, refere a empresa.

Em junho, o presidente da Ordem dos Arquitetos (OA), Avelino Oliveira, admitiu que o TIC “tem uma dimensão de problemáticas muito grande” a nível funcional e operacional, apesar de ser um edifício premiado.

Para o presidente da OA, o que há a “fazer de melhor” agora é “por um lado, estimar que o município do Porto tenha feito um excelente edifício e uma requalificação daquele espaço urbano”, mas também que “sirva de exemplo à qualidade de edifícios que se podem fazer em termos de terminais intermodais”.

Porém, no início da sua intervenção, Avelino Oliveira ressalvou que o TIC “é um edifício premiado, é um edifício de arquitetura de autor, o Nuno Brandão Costa é um excelente arquiteto, é um membro muito nobre da instituição que eu represento, é um colega, e em termos de arquitetura não há nenhuma crítica especial a fazer”.

O TIC já venceu o Grande Prémio Enor de arquitetura, foi distinguido pela Associação Internacional de Críticos de Arte em 2021, venceu um prémio Construir 2022, o prémio de Melhor Empreendimento Imobiliário — Espaços Públicos do Salão Imobiliário de Portugal e os Prémios Imobiliário na categoria de Projeto de Impacto Económico, Social e Ambiental.

O TIC custou 13,2 milhões de euros, abriu em julho de 2022 e, até setembro de 2024 já recebeu mais de 343 mil autocarros e 17 milhões de utilizadores, segundo dados da STCP Serviços.

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