Espanhol, que detém mais de duas dezenas de títulos do Grand Slam, vai fechar um ciclo no final da Taça Davis.
O tenista espanhol Rafael Nadal vai retirar-se da competição em novembro, após as finais da Taça Davis, que se disputam em Málaga, anunciou hoje o vencedor de 22 títulos do Grand Slam.
“Estou aqui para vos dizer que vou deixar o ténis profissional”, referiu o espanhol, de 38 anos, num vídeo publicado nas suas redes sociais, dizendo que está “entusiasmado” por poder despedir-se no seu país, durante as finais da Taça Davis, de 19 a 24 de novembro.
Nadal afirmou que, “na vida, tudo tem um início e um fim” e acredita que “o momento chegou de meter um fim” à sua carreira, que “foi longa e mais bem coroada de sucesso” do que o espanhol poderia imaginar.
“Na realidade têm sido anos difíceis, em especial os dois últimos. Penso que não fui capaz de jogar sem limitações. É uma decisão que é evidentemente difícil”, afirmou Nadal, que não joga desde que foi eliminado na segunda ronda dos Jogos Olímpicos Paris2024, frente ao sérvio Novak Djokovic.
Antes dos Jogos Olímpicos, Nadal, muito afetado por lesões nos últimos anos, tinha chegado à sua última final, no torneio de Bastad, na Suécia, na qual foi derrotado pelo português Nuno Borges.
O maiorquino não conquista qualquer título desde 2022, quando conquistou os seus dois últimos torneios do Grand Slam, na Austrália e em Roland Garros, coroando-se ainda mais como o “rei” da terra batida, ao vencer pela 14.ª vez em Paris, no seu último título.
Além dos 22 “majors” conquistados, o maiorquino, antigo número um mundial, conquistou mais 70 troféus e foi campeão olímpico em singulares em Pequim2008, conseguindo o “Golden Slam” — quatro “majors” e ouro olímpico — e em pares no Rio2016.
A sua despedida será em casa, disputando a final a oito da Taça Davis em Málaga, procurando o seu quinto título na competição por equipas.
Nadal é o segundo membro do “big-3” que dominou o ténis mundial nos últimos anos a retirar-se, depois de o suíço Roger Federer em 2022, “sobrando” apenas Novak Djokovic, num fim de uma era à qual se pode juntar a reforma do britânico Andy Murray, após Paris2024.