Nos urbanos de Lisboa, a paralisação levou à supressão de 235 composições em 300 previstas e no Porto de 139 programados não se realizaram 107.
A greve dos trabalhadores da CP, convocada por vários sindicatos, já originou, entre as 00:00 e as 14:00 de hoje, a supressão de 540 comboios, de 669 programados, indicou fonte oficial da transportadora.
Assim, o nível de supressão ultrapassava já os 80%, tendo sido efetuados os serviços mínimos (129 comboios).
Segundo a CP – Comboios de Portugal, não circularam comboios de longo curso, operação para a qual não foram decretados serviços mínimos.
No caso do serviço regional, foram suprimidos 142 comboios de 172 programados.
Nos urbanos de Lisboa, a paralisação levou à supressão de 235 composições em 300 previstas e no Porto de 139 programados não se realizaram 107.
Nos urbanos de Coimbra circularam apenas dois comboios em 18 estimados.
Os trabalhadores da CP cumprem hoje um dia de greve, que se repete na quarta-feira, convocada por diversos sindicatos.
O Tribunal Arbitral decretou serviços mínimos de 20% para os comboios urbanos e regionais.
A decisão do Tribunal Arbitral abrange, na percentagem referida, o serviço Regional e Interregional (linhas do Minho, Douro, Leste, Oeste, Beira Baixa e linha do Norte – neste último caso de e para Coimbra/Entroncamento) e o Urbano (linhas da Azambuja, Coimbra e Guimarães).
“Aos clientes que já tenham bilhetes adquiridos para viajar em comboios dos serviços Alfa Pendular, Intercidades, Internacional, Interregional e Regional, a CP permitirá o reembolso, no valor total do bilhete adquirido, ou a sua troca gratuita para outro comboio da mesma categoria e na mesma classe”, adiantou a CP em comunicado.
Estes trabalhadores já estiveram em greve no dia 28 de junho.
Para os sindicatos, “é inaceitável” que a administração da CP, depois de ter garantido que iria estender a todos os trabalhadores um acordo que foi celebrado com uma organização sindical, queira condicionar isso à aceitação da proposta de regulamento de carreiras.
O Governo, a CP e o Sindicato Nacional dos Maquinistas dos Caminhos de Ferro Portugueses (SMAQ), que tinha convocado uma greve entre 27 de junho e 14 de julho, que foi suspensa, chegaram, recentemente, a acordo.
A operadora chegou também a acordo com o Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante (SFRCI) quanto à revisão das carreiras, incluindo um aumento salarial de 1,5% e a subida do subsídio de refeição para 9,20 euros.
A Fectrans defendeu que a proposta “aumenta a polivalência de funções e não valoriza a grelha salarial”, o que disse ser uma “medida estratégica” para recrutar novos trabalhadores e manter os atuais.
A CP, por sua vez, acusou os sindicatos que convocaram a greve que decorre hoje e na quarta-feira de “prejudicar os seus associados” ao recusarem chegar a acordo, segundo um comunicado hoje divulgado pela transportadora ferroviária.