Terramoto abalou o sopé Norte dos Himalaias e foi sentido também no Nepal, Butão e Índia. Há pelo menos 53 mortos e mais de 60 feridos.
Pelo menos 95 pessoas morreram e dezenas ficaram feridas após um terramoto de magnitude 6.8 na escala de Richter que se registou esta terça-feira, 7 de janeiro, no sopé Norte dos Himalaias, perto de uma das cidades mais sagradas do Tibete. O abalo também foi sentido no Nepal, Butão e Índia. O número de vítimas mortais, avançado pela agência noticiosa chinesa, tem subido nas últimas horas e ainda pode vir a aumentar.
O terramoto ocorreu às 9h05 locais (1h05 em Portugal Continental), com o epicentro localizado em Tingri, um município rural chinês conhecido como a porta de entrada Norte para a região do Evereste, a uma profundidade de 10 quilómetros, de acordo com o Centro de Redes de Terramotos da China. O Serviço Geológico dos Estados Unidos classificou a magnitude do terramoto em 7.1, mas os cálculos ainda podem vir a ser atualizados.
O sudoeste da China, o Nepal e o norte da Índia são frequentemente atingidos por sismos causados pela colisão entre as placas tectónicas indiana e euro-asiática. Em 2015, um tremor de magnitude 7.8 atingiu as proximidades de Katmandu, matando cerca de 9000 pessoas e ferindo milhares no “pior terramoto de sempre no Nepal”. Entre as vítimas mortais contam-se pelo menos 18 pessoas que morreram no acampamento base do Monte Evereste quando este foi destruído por uma avalanche.
O epicentro desta terça-feira foi a cerca de 80 quilómetros a Norte do Monte Evereste, a montanha mais alta do mundo e um destino popular para alpinistas e caminhantes. O Inverno não é uma estação popular para alpinistas e caminhantes no Nepal, sendo um alpinista alemão o único com autorização para escalar o Monte Evereste. O alpinista já tinha abandonado o acampamento base depois de não ter conseguido atingir o cume, informou Lilathar Awasthi, funcionário do Departamento de Turismo.
A Autoridade Nacional de Redução e Gestão do Risco de Catástrofes do Nepal (NDRRMA) disse que o sismo foi sentido em sete distritos montanhosos que fazem fronteira com o Tibete. “Até ao momento não recebemos qualquer informação sobre perdas de vidas e bens”, disse à Reuters o porta-voz da NDRRMA, Dizan Bhattarai: “Mobilizámos a polícia, as forças de segurança e as autoridades locais para recolher informações”, disse. Muitas aldeias da zona fronteiriça do Nepal, que são pouco povoadas, são remotas e só podem ser alcançadas a pé.
O Presidente chinês, Xi Jinping, afirmou que devem ser envidados todos os esforços de busca e salvamento para minimizar o número de vítimas, realojar adequadamente as pessoas afetadas e garantir um Inverno seguro e quente.