Na opinião do sindicato, “foi dado o passo fundamental e determinante para que se possa dar início à reversão da degradação dos serviços de emergência médica”.
O Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar (STEPH) elogiou hoje a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, por ser a “primeira governante” a assumir implementar medidas no INEM e a mostrar vontade política para resolução dos problemas existentes.
“A atual ministra da Saúde, (…) para além de reconhecer as inegáveis debilidades do sistema de emergência médica, é a primeira governante a assumir um compromisso escrito de implementação de medidas e soluções”, refere o STEPH em comunicado.
“Pela primeira vez em muito tempo assistimos a uma aparente vontade política na resolução estrutural e definitiva dos constrangimentos há muito existentes”, acrescenta.
Na opinião do sindicato, “foi dado o passo fundamental e determinante para que se possa dar início à reversão da degradação dos serviços de emergência médica”.
No comunicado, o STEPH recorda que alerta há vários anos para “o estado de degradação dos serviços de emergência médica” em Portugal e para as “inúmeras ocorrências em que falhou o socorro aos cidadãos”.
Afirma ainda que “nunca baixou os braços” e que levou o assunto tanto ao anterior conselho diretivo do INEM, como aos sucessivos ministérios da Saúde ou aos vários grupos parlamentares, tendo sido recebidos pela secretária de Estado da Gestão da Saúde, Cristina Vaz Tomé, em junho deste ano.
Para o STEPH, “apesar de uma ou outra medida de pormenor, nada de essencial se alterou na capacidade de resposta do INEM” e tem-se assistido a “uma degradação a um ritmo elevado, situação que era completamente evitável”.
O sindicato refere ainda que, para essa degradação, contribuiu a saída de cerca de 500 técnicos de emergência pré-hospitalar ao longo dos últimos seis anos, o que “teve um custo elevado em vidas humanas que foram perdidas”.
No comunicado, o STEPH salienta que os casos recentes de pessoas que morreram enquanto esperavam pelo auxílio do INEM “não diferem dos vários amplamente denunciados” pelo sindicato e lembra que, entre 2021 e 2023, “denunciou de forma incessante várias ocorrências em que as falhas no socorro tiveram desfechos trágicos para vários cidadãos”.
“Ao longo dos últimos anos assistimos, infelizmente, ao degradar do INEM e da sua capacidade de resposta e agora, também graças à intervenção deste sindicato, vemos alguma esperança de melhoria no futuro”, defende, acrescentando que os técnicos de emergência pré-hospitalar continuarão a “dar a melhor resposta humanamente possível com os recursos que têm”.