Serviço Educativo da Casa da Música assinala 50 anos da Revolução dos Cravos

A programação prevê ainda o “Future Jazz e Future Rocks”, dois concursos para bandas de jovens músicos das áreas do jazz e do pop/rock.

Setembro 14, 2023

No ano em que completa 18 anos, a programação do Serviço Educativo (SE) da Casa da Música vai privilegiar os 50 anos do 25 de Abril, com espetáculos que abordam a temática da democracia, anunciou hoje a instituição.

A temporada 2023/24 do SE quer festejar o país-tema e, segundo o seu coordenador, Jorge Prendas, os jovens músicos foram desafiados a “interpretar arranjos de canções de José Afonso, escritos por estudantes de composição da Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo”, um projeto batizado de “Venham mais 300”.

Serão 100 flautas, 100 clarinetes e 100 saxofones tocados por jovens músicos de escolas e bandas, disse.

No âmbito dos 50 anos da Revolução dos Cravos, continua Jorge Prendas, terão ainda “Abril, um projeto construído com elementos da ADFA – Associação dos Deficientes das Forças Armadas, alunos do Balleteatro, e Liga dos Combatentes”.

A programação prevê ainda o “Future Jazz e Future Rocks”, dois concursos para bandas de jovens músicos das áreas do jazz e do pop/rock e as “Maratonas de Teclistas e de Violoncelistas, o Sonópolis 2024 ou o Escola a Cantar 2024, momentos já clássicos da programação do SE, que envolvem sempre milhares de pessoas”, destacou.

“Os princípios orientadores da nossa missão não se alteraram: garantir uma variedade de oferta que possibilite o acesso de todos à música, envolver transversalmente a sociedade, ter múltiplas atividades direcionadas para diferentes tipos de público, abrir a Casa a comunidades carenciadas e cidadãos em franjas de exclusão, proporcionar formação geral e especializada a músicos e não-músicos e reforçar a investigação no domínio das novas tecnologias, ao serviço dos propósitos anteriores”, lê-se na informação enviada à Lusa.

O comunicado assinala também os projetos “Eça é que é Eça”, que “remete para Eça de Queiroz e a sua ligação à ópera, num espetáculo cénico original”, “Em Pessoa” que “dá voz a cidadãos com afasia [um distúrbio da comunicação adquirido que interfere na capacidade de processamento da linguagem, sem afetar a inteligência], guiados pelo génio de Fernando Pessoa”.

O programa inclui novas oficinas que “refrescam a oferta da semana para escolas” e, correspondendo a “sugestões de docentes”, foi criado o espetáculo “Na Rua do Capelão”, que conta a história do fado, continua.

Destaca o comunicado que o SE “é fiel à missão da Casa da Música, e tem como um dos seus principais objetivos fazer chegar a música a todos, sem exceção”.

“Por isso, este ano, duplicamos a oferta do projeto Casa Vai a Casa, que leva a Casa da Música àqueles que a ela não se podem deslocar: residências seniores, hospitais, estabelecimentos prisionais”, enquanto o projeto “Som da Rua” continua o seu trabalho, continua a comunicação.

“Destinado àqueles que conhecem a rua melhor que ninguém”, “Som da Rua” irá apresentar-se “várias vezes durante o ano, numa celebração da música e da vida. E muitos outros projetos, espetáculos e oficinas realizar-se-ão para um leque enorme de pessoas”.

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