Retomadas buscas para encontrar desaparecidos do naufrágio perto de Troia

As operações de busca de duas das cinco pessoas que seguiam a bordo da embarcação, que se afundou a cerca de milha e meia de Troia, foram interrompidas ao final da tarde de segunda-feira e retomadas hoje às 07:30.

Abril 9, 2024

As buscas para encontrar os dois desaparecidos no naufrágio de um barco no domingo perto de Troia, Grândola, foram retomadas às 07:30 de hoje e alargadas “a oito milhas náuticas”, segundo o porta-voz da Autoridade Marítima Portuguesa.

De acordo com o porta-voz da Autoridade Marítima Portuguesa (AMN) e da Marinha Portuguesa, comandante José Sousa Luís, as buscas foram iniciadas às 07:30, tendo a área sido alargada a oito milhas náuticas (cerca de 14 quilómetros) para oeste e para sul.

Nas operações de busca por mar estão envolvidos o navio NRP Sines da Marinha, uma lancha Instituto de Socorros a Náufragos (Estação Salva-vidas Sines e Polícia Marítima da Estação Salva-vidas de Sesimbra).

Por terra estão empenhadas uma viatura vigilância costeira da Polícia Marítima com um “drone” e outro “drone” da Marinha e uma moto 4 da Policia Marítima.

As operações de busca de duas das cinco pessoas que seguiam a bordo da embarcação, que se afundou a cerca de milha e meia (aproximadamente três quilómetros) de Troia, foram interrompidas ao final da tarde de segunda-feira e retomadas hoje às 07:30.

O naufrágio da embarcação, na qual seguiam cinco pessoas — quatro homens e um rapaz – terá acontecido por volta das 07:00 de domingo, a cerca de uma milha e meia (aproximadamente três quilómetros) de Troia, mas a Polícia Marítima só recebeu o alerta às 10:05.

O timoneiro e proprietário da embarcação de pesca, um homem de 62 anos, foi resgatado com vida do mar, por outro barco que passou na zona, e, no domingo, foram localizados e retirados os corpos do rapaz, cujo pai, com cerca de 45 anos, ainda está desaparecido, e de um adulto, de 23 anos, cujo irmão, de 21, é o outro desaparecido.

“Não existe qualquer relação de parentesco entre estas duas famílias”, mas os quatro desaparecidos “são de Cadoços, Grândola”, indicou o capitão do Porto de Setúbal e comandante-local da Polícia Marítima, Serrano Augusto, na segunda-feira, aproveitando para corrigir a idade da criança.

“Já está oficialmente confirmada a sua idade, que era 11 anos. Só faria 12 anos no próximo verão”, disse.

O comandante da Polícia Marítima disse à Lusa, no domingo, que o timoneiro foi surpreendido por um golpe de mar e, apesar das manobras efetuadas, a embarcação virou-se e acabou por afundar.

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