O português, de 61 anos, é o segundo dos cinco evadidos de Vale de Judeu a ser recapturado. Um mês depois da fuga, que ocorreu a 07 de setembro, as autoridades detiveram Fábio Loureiro, em Marrocos.
A Polícia Judiciaria (PJ) recapturou em Trás-os-Montes mais um evadido do Estabelecimento Prisional de Vale de Judeus, em Alcoentre, o português Fernando Ribeiro Ferreira, anunciou a corporação.
O português, de 61 anos, é o segundo dos cinco evadidos de Vale de Judeu a ser recapturado. Um mês depois da fuga, que ocorreu a 07 de setembro, as autoridades detiveram Fábio Loureiro, em Marrocos.
Em comunicado, a PJ explica que a operação contou com a colaboração da Guarda Nacional Republicana e que Fernando Ribeiro Ferreira tem “extensa carreira criminal”.
Está referenciado pela prática de “criminalidade especialmente violenta” mas, também, no âmbito da criminalidade altamente organizada, envolvendo crimes de associação criminosa, homicídio, rapto, roubo à mão armada, tráfico de estupefacientes e detenção de arma proibida, refere o comunicado.
O português tem como data da primeira reclusão o ano de 1980. Aquando da fuga, no passado dia 07 de setembro, cumpria uma pena de prisão de 24 anos, associada a 11 condenações.
Sobre Fernando Ribeiro Ferreira recaía um mandado de detenção internacional emitido pela autoridade judiciária competente, constando de notícia vermelha na Interpol.
A fuga de Vale de Judeus, em Alcoentre, no concelho da Azambuja, envolveu cinco reclusos, dois deles portugueses, já recapturados (Fábio Loureiro e Fernando Ribeiro Ferreira). Os restantes três, que continuam em fuga, são um cidadão da Geórgia, Shergili Farjiani, um da Argentina, Rodolf José Lohrmann, e um do Reino Unido, Mark Cameron Roscaleer.
Foram condenados a penas entre os sete e os 25 anos de prisão, por vários crimes, entre os quais tráfico de droga, associação criminosa, roubo, sequestro e branqueamento de capitais.
Esta fuga levou o Ministério da Justiça a avançar com a instauração de nove processos, visando o ex-diretor, o chefe da guarda e sete guardas prisionais, uma decisão que resultou das recomendações do relatório elaborado pelo Serviço de Auditoria e Inspeção (SAI) da Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP).
Numa nota divulgada em outubro, o Ministério da Justiça destacou ainda a abertura de dois inquéritos autónomos: um relativamente ao comissário do estabelecimento prisional, pela “falta de concretização de uma medida de segurança e sobre uma situação de absentismo prolongado”, e outro à Direção dos Serviços de Segurança “para avaliar o seu funcionamento e a capacidade de resposta a situações desta natureza”.
Foi ainda emitida às entidades competentes certidão para apurar responsabilidades disciplinares em relação a militares da GNR sobre “as condições em que foram cedidas, sem autorização, as imagens de acontecimentos no estabelecimento prisional de Vale de Judeus à Comunicação Social.