Líder dos Super Dragões e mais 11 detidos em operação da PSP no Grande Porto

Os detidos vão ser presentes a primeiro interrogatório judicial para aplicação de medidas de coação.

Janeiro 31, 2024

A PSP deteve 12 pessoas, incluindo o líder da claque Super Dragões, Fernando Madureira, no âmbito de um processo que investiga os incidentes ocorridos durante uma Assembleia Geral do FC Porto, indicou a Procuradoria-Geral Distrital do Porto (PGDP).

“No âmbito de inquérito em que se investigam os incidentes na Assembleia Geral do Futebol Clube do Porto de 13.11.2023, que corre termos no DIAP [Departamento de Investigação e Ação Penal] da Procuradoria da República do Porto, e no qual o Ministério Público vem sendo coadjuvado pela Polícia de Segurança Pública, foram executadas diligências de investigação, entre o mais, buscas domiciliárias e não domiciliárias. Foram também operadas 12 detenções fora de flagrante delito”, refere uma nota publicada na página da PGDP.

Segundo a PGDP, “está em causa a prática dos crimes de ofensa à integridade física no âmbito de espetáculo desportivo ou em acontecimento relacionado com o fenómeno desportivo, coação agravada, ameaça agravada, instigação pública a um crime, arremesso de objeto ou de produtos líquidos e atentado à liberdade de informação”.

Os detidos vão ser presentes a primeiro interrogatório judicial para aplicação de medidas de coação.

Entre os detidos estão também a mulher de Fernando Madureira e Vítor Catão, adepto do FC Porto e antigo presidente do São Pedro da Cova, disse anteriormente fonte policial à agência Lusa.

Segundo a mesma fonte foi também detido um funcionário do FC Porto: o oficial de ligação aos adeptos.

Em causa estão, de acordo com a mesma fonte, processos relacionados com as alegadas agressões verificadas durante a Assembleia Geral (AG) do FC Porto que decorreu em 13 de novembro e as eventuais ameaças feitas ao candidato à presidência do clube André Villas-Boas.

No dia seguinte à realização da AG (14 de novembro), o Ministério Público (MP) anunciou a abertura de um inquérito aos incidentes ocorridos na sessão magna do clube.

“Tendo em conta os acontecimentos sucedidos na AG do FC Porto, que teve início em 13 de novembro, amplamente divulgados na comunicação social e suscetíveis de integrarem infrações criminais de natureza pública, foi determinada a instauração de inquérito, que corre termos no DIAP [Departamento de Investigação e Ação Penal] da Procuradoria da República do Porto”, dava conta a Procuradoria-Geral Distrital do Porto, em comunicado.

O presidente da Mesa da Assembleia Geral (MAG) dos “dragões”, José Lourenço Pinto, suspendeu os trabalhos na sequência de uma AG agitada e com confrontação entre sócios, que incidia na deliberação dos novos estatutos dos vice-campeões nacionais de futebol, mas, face à forte afluência, mudou de local à última hora.

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