O homem de 59 anos apresentava um “comportamento anómalo”, com “um discurso incoerente”, e a PSP decidiu transportá-lo para uma unidade hospitalar.
A PSP não encontrou engenhos explosivos na mochila do homem que ameaçou a sede do Chega, em Lisboa, informou hoje o porta-voz, indicando que o cidadão, de 59 anos, foi encaminhado para uma unidade hospitalar.
Em declarações aos jornalistas junto à sede do partido, o porta-voz da PSP indicou que “no interior da mochila não se encontrava qualquer engenho explosivo e, nesse sentido, foi dada por por terminada a ocorrência”.
O homem foi conduzido ao Hospital São Francisco Xavier tendo em conta “o seu comportamento e atitude”, adiantou o subintendente Sérgio Soares.
O porta-voz da PSP especificou que o homem “apresentava um comportamento anómalo” com um “discurso não coerente”.
“Nesse sentido, o nosso procedimento não foi de proceder à detenção, mas sim de conduzir a unidade hospitalar”, acrescentou.
Questionado sobre o que vai acontecer ao homem e se ainda pode vir a ser detido, Sérgio Soares disse que “é prematuro estar agora a falar sobre esses procedimentos, depende da avaliação médica”.
A circulação foi cortada na rua Miguel Lupi, em Lisboa, onde fica situada a sede nacional do Chega, e na Calçada da Estrela, mas foi entretanto reaberta, cerca das 14:30.
O porta-voz da PSP disse também que foram retiradas “algumas pessoas” da zona da Assembleia da República mais perto da Calçada da Estrela, “apenas como medida de precaução”.
O edifício da sede do chega, em Lisboa, foi hoje evacuado depois de um homem ter entrado alegando transportar uma bomba.
Sérgio Soares confirmou o que a assessoria do Chega tinha dito à Lusa, de que um homem se deslocou à sede do partido e disse que teria uma bomba na mochila que trazia consigo.
“A PSP foi informada dessa ocorrência e de imediato deslocou vários meios policiais para o local. Chegando ao local, rapidamente intercetámos o indivíduo, que ficou logo à nossa guarda, bem como a mochila”, indicou.
O porta-voz da PSP disse que não é conhecida a motivação do homem.
De acordo com o subintendente, estiveram no local elementos da “esquadra da área, equipas de intervenção rápida, polícias da divisão de investigação criminal, da divisão de trânsito e da unidade especial de polícia, através do grupo operacional cinotécnico e do centro de inativação de explosivos”, mas não especificou o total de agentes envolvidos na operação.
Sérgio Soares aproveitou ainda para salientar que a chegada ao local “foi muito rápida, através dos polícias da esquadra policial da área”.
Questionado se há algum dado que relacione este homem com algum partido político, o subintendente disse que a polícia não tem “qualquer conhecimento dessa situação”, sendo “prematuro estar a fazer qualquer comentário relativamente a essas questões”.
O subintendente não quis também concretizar se haverá alguma articulação de segurança com o Chega e André Ventura na sequência desta situação.
“Portanto seguir-se-á a investigação à ocorrência e neste momento é prematuro estar a falar sobre essas questões” porque não há “ainda mais desenvolvimentos”.