Marcelo assinala maioria absoluta do PSD e CDS e evita leituras nacionais.
O PSD venceu as eleições legislativas regionais antecipadas da Madeira, falhando por um deputado a maioria absoluta.
Segundo informação disponibilizada pela Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna, os sociais-democratas obtiveram 62.085 votos (43,43%) e 23 lugares (mais quatro) na Assembleia Legislativa Regional, constituída por um total de 47 deputados.
O CDS-PP, que já governou com o PSD e que nesta legislatura tinha um acordo de incidência parlamentar com os sociais-democratas, tem um deputado (perdeu um), com 4.288 (3,00%).
A maioria absoluta requer 24 assentos. Em 2019 e 2023 os sociais-democratas precisaram fazer acordos parlamentares (primeiro com o CDS-PP e depois com o PAN) para atingir este número.
Após as eleições de 2024, também antecipadas, o PSD (19 deputados) formou um executivo minoritário, já que o acordo firmado com o CDS-PP (dois eleitos) foi insuficiente para a maioria absoluta. O PS e o JPP, que totalizaram 20 deputados, chegaram então a propor uma solução de governo.
O JPP, que passou hoje para segunda força política na Madeira, elegeu 11 deputados, mais dois, com 30.094 votos (21,05%), enquanto o PS obteve oito deputados (menos três), com 15,64% (22.355 votos).
O Chega, que no ano passado elegeu quatro deputados, mas viu uma eleita desvincular-se do partido, obteve três mandatos, com 7.821 votos (5,47%).
A Iniciativa Liberal (IL) conseguiu manter um deputado, com 3.097 votos (2,17 %).
Em relação à atual composição, a assembleia passou de sete para seis forças políticas, uma vez que o Pessoas-Animais-Natureza (PAN) não conseguiu reeleger a sua deputada única, com 2.322 votos (1,62%).
Nas anteriores eleições antecipadas de 26 de maio de 2024, o PAN obteve um mandato com 2.531 votos (1,90%).
O PCP-PEV voltou a não conseguir regressar à assembleia legislativa, ficando-se pelo sétimo lugar com 2.543 votos (1,78%), apesar de ter subido a votação face aos 2.217 (1,67%) do ano passado.
O Bloco de Esquerda (BE) teve 1.586 votos (1,11%), abaixo dos 1.912 (1,44%) do sufrágio anterior, e o Livre obteve 959 votos (0,67%), mais meia centena do que os 905 (0,68%) do ano passado.
O PTP/MPT/RIR teve 789 votos (0,55%), o ADN obteve 691 (0,48%), o PPM alcançou 576 (0,40%) e o Nova Direita ficou-se pelos 487 (0,34%).
Os votos em branco totalizaram 713 (0,50%), os nulos 2.554 (1,79%) e a abstenção foi este ano de 44,02%, inferior à de 46,60% registada nas eleições anteriores, segundo os resultados provisórios.
Mais de 255 mil eleitores foram hoje chamados a votar nas legislativas regionais antecipadas da Madeira para escolher a nova composição do parlamento do arquipélago, com 14 candidaturas na corrida.
Estas foram as terceiras legislativas realizadas na Madeira em cerca de um ano e meio, tendo concorrido um círculo único as seguintes candidaturas CDU (PCP/PEV), PSD, Livre, JPP, Nova Direita, PAN, Força Madeira (PTP/MPT/RIR), PS, IL, PPM, BE, Chega, ADN e CDS-PP.
As anteriores regionais realizaram-se a 26 de maio de 2024, tendo o PSD conseguido eleger 19 deputados, o PS 11, o JPP nove, o Chega quatro (mas, uma deputada tornou-se, entretanto, independente) e o CDS-PP dois. PAN e IL garantiram um assento cada.
Marcelo assinala maioria absoluta do PSD e CDS e evita leituras nacionais
O Presidente da República considera que os eleitores na Madeira votaram na estabilidade e deram uma maioria absoluta a dois partidos, o PSD e o CDS, e evitou fazer leituras sobre as legislativas de maio.
“Houve maioria absoluta, uma vez que o PSD com o CDS têm maioria absoluta”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, em declarações à RTP 3, após o jogo da seleção de Portugal contra a Dinamarca, no Estádio de Alvalade, em Lisboa.
Marcelo Rebelo de Sousa afirmou que “os eleitores aparentemente escolheram a solução da estabilidade e não propriamente soluções alternativas”.
“Ao fim de tantas eleições disseram: vamos dar a este somatório, a estes partidos, que lá estavam, a chance para, com maioria absoluta, governarem”, afirmou.
Questionado sobre leituras entre as regionais e as legislativas nacionais antecipadas de 18 de maio, o Presidente evitou responder e fazer comparações: “As [eleições] da Madeira posso comentar porque já ocorreram. As outras não posso comentar.”
O PSD venceu as eleições legislativas regionais antecipadas da Madeira, falhando por um deputado a maioria absoluta, mas consegue formar essa maioria com o CDS-PP, que elegeu um deputado.
O PS caiu para terceiro lugar e conquistou apenas oito lugares, atrás do Juntos Pelo Povo (JPP), que passou a segunda força política.