PS/Porto exige “menos radicalismo e mais memória” ao PSD sobre expansão da rede de metro

O PSD/Porto exigiu na terça-feira a demissão do presidente do Conselho de Administração da Metro do Porto, Tiago Braga, por considerar ser “evidente a sua profunda incompetência e incapacidade de gestão” na obra do “metrobus”.

Julho 18, 2024

A concelhia do PS/Porto acusou hoje o PSD de menorizar o investimento na rede de metro, ao ter exigido a demissão do presidente da Metro do Porto, e defendeu que aos sociais-democratas se exige “menos radicalismo e mais memória”.

“A região não se pode deixar tomar por guerras gratuitas em torno de um tema tão estruturante e mobilizador. Ao PSD Porto exige-se menos radicalismo e mais memória, coerência e responsabilidade”, afirma hoje, em comunicado, a concelhia do PS/Porto, liderada por Tiago Barbosa Ribeiro, vereador na Câmara do Porto sem pelouro.

O PSD/Porto exigiu na terça-feira a demissão do presidente do Conselho de Administração da Metro do Porto, Tiago Braga, por considerar ser “evidente a sua profunda incompetência e incapacidade de gestão” na obra do “metrobus”.

A Lusa tentou obter uma reação da concelhia do PSD/Porto e aguarda resposta.

Para os socialistas, com esta posição, “o PSD Porto achincalha e menoriza o investimento histórico levado a cabo nos últimos anos pela governação do PS na expansão da rede do metro, demonstrando que desconhece por completo a complexidade da execução de uma obra desta envergadura”.

“Um projeto desta natureza não se faz sem dificuldades e sem problemas que devem ser debatidos e ultrapassados em prol da população”, lê-se no comunicado, assinado também pelo presidente do PS de Vila Nova de Gaia, João Paulo Correia, e o membro do Secretariado Nacional do PS e candidato à distrital do PS/Porto, Nuno Araújo.

Lembrando que se o primeiro concurso não tivesse ficado deserto a Metro do Porto já tinha recebido os veículos para iniciar a operação do “metrobus” e que, se as circunstâncias do segundo concurso “não fossem justificadas e atendíveis quer pelo Governo, quer pela STCP, certamente que a assembleia-geral da Metro do Porto do final de junho não teria decorrido com amplo consenso”.

“Mais ainda, o PSD Porto é desautorizado pelo seu próprio Governo que, na referida assembleia-geral, apresentou um voto de louvor à administração da Metro do Porto, tendo a STCP votado a favor”, acrescenta.

Os socialistas acusam ainda o PSD/Porto de se ter assumido como “uma força contrária” aos projetos de infraestruturas lançados pelo Governo socialista “em benefício da cidade e da região”, referindo-se às novas ligações entre o Porto e Gaia, “procurando menosprezar o investimento”.

“Lamentavelmente, o PSD Porto distancia-se do debate elevado sobre este e outros investimentos que os protagonistas da região têm sabido protagonizar na relação com os sucessivos governos”, refere, acrescentando que o PSD “desprezou publicamente todo o investimento realizado” na Área Metropolitana do Porto, incluindo a extensão da Linha Amarela, o arranque da Linha Rubi, a Linha Rosa da Metro do Porto e o “metrobus”.

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