Montenegro referiu que “o Governo teve a humildade de ceder” nas negociações orçamentais “para proteger as pessoas, as instituições e as empresas”.
O primeiro-ministro afirmou que o foco deste Governo “é fazer e não durar” e questionou “para que serviam as contas certas” nos anteriores executivos do PS, contrapondo que hoje “há vida para além do excedente orçamental”.
Na sua intervenção de abertura no debate na generalidade da proposta de Orçamento do Estado para 2025, no parlamento, Luís Montenegro afirmou que, quando iniciou funções, em abril deste ano, “o Estado estava debilitado na capacidade de garantir o contrato social com os portugueses”.
“De que serviam as contas certas se, apesar de os portugueses estarem asfixiados em impostos, o Estado engordava e os serviços públicos definhavam? Para que serviam as contas certas?”, questionou.
De seguida, deu a resposta, considerando que “é talvez a maior das diferenças” do atual Governo, sem se referir diretamente aos executivos anteriores do PS: “Há vida e objetivos para lá do excedente orçamental”.
“Ao contrário de outros, o foco deste governo não é durar, o foco deste Governo é fazer”, afirmou, na fase final do seu discurso, em que citou o padre António Vieira.
“Como escreveu o padre António Vieira, “somos o que fazemos, nos dias em que fazemos realmente existimos, nos outros apenas duramos””, citou, assegurando que o objetivo do executivo PSD/CDS-PP “é mesmo fazer, é resolver os problemas das pessoas”.
Montenegro referiu que “o Governo teve a humildade de ceder” nas negociações orçamentais “para proteger as pessoas, as instituições e as empresas”.
“Cabe agora ao parlamento mostrar também que acredita em Portugal e que acredita nos portugueses”, apelou.