No seu discurso, o chefe de Estado recordou os fogos que ocorreram na região centro em 2017, adiantando que, naquela altura, ainda se discutia juridicamente se era possível indemnizar as vítimas.
O Presidente da República defendeu hoje que os incêndios são uma causa nacional, considerando necessário dar uma resposta imediata com “rapidez, rigor e eficácia” às pessoas e empresas afetadas.
“Parece uma evidência que a primeira prioridade seja dar uma resposta o mais imediata possível àquelas e àqueles que sofreram”, disse Marcelo Rebelo de Sousa, durante um encontro que decorreu em Sever do Vouga, com 69 presidentes de Câmara dos concelhos afetados pelos incêndios dos últimos dias e onde esteve também presente o primeiro-ministro, o ministro Adjunto e da Coesão Territorial e a ministra da Administração Interna.
O chefe do Estado acrescentou que esta resposta deve ser “rápida, rigorosa e eficaz”, avisando que se esta situação não for resolvida, num prazo muito curto, já não será resolvida.
“Passa o tempo mediático e politicamente significativo em termos mediáticos da questão (…) e é uma ocasião perdida. Esta não pode ser e não vai ser uma ocasião perdida”, afirmou, dizendo aos autarcas para não largarem o primeiro-ministro um minuto.
Marcelo realçou ainda que esta é “uma causa nacional”, afirmando que “está acima daquilo que são as convergências, divergências, sensibilidades de outras naturezas”.
No seu discurso, o chefe de Estado recordou os fogos que ocorreram na região centro em 2017, adiantando que, naquela altura, ainda se discutia juridicamente se era possível indemnizar as vítimas.
“Hoje isso está ultrapassado, mas o problema é este: resposta imediata, com rapidez, rigor e eficácia. Defende todos. Defende as populações que sofrem, defende aqueles que participaram nesse combate e defende os autarcas”, afirmou.
O Presidente da República defendeu ainda que é necessário fazer uma reflexão sobre a solução que foi dada aos fogos de 2017, para ver aquilo que correu bem e o que merece ser repensado.
“Houve muita coisa feita na sequência de 2017, que foi bem feita, e muita coisa que não deu os resultados que se esperava que pudesse ter dado”, disse, dando como exemplo os cadastros, onde se “avançou muito, mas ainda há territórios imensos em que não há cobertura pelo cadastro”.
No que diz respeito à capacidade de resposta, Marcelo disse que, no geral, “melhorou muito em relação ao que era o panorama de 2017”, nomeadamente quanto aos meios aéreos, mas considerou que “vale a pena refletir naquilo que se pode fazer ainda melhor”.