Portugueses reciclaram mais 3% de embalagens no 1º semestre

Os dados são da Sociedade Ponto Verde (SPV), gestora do sistema integrado de recolha e tratamento de resíduos de embalagens em Portugal.

Julho 12, 2024

Os portugueses enviaram para reciclagem mais 3% de embalagens no primeiro semestre deste ano comparado com o mesmo período de 2023, aumento insuficiente para cumprir metas europeias de reciclagem, segundo a entidade gestora da recolha e tratamento destes resíduos.

Os dados da Sociedade Ponto Verde (SPV), gestora do sistema integrado de recolha e tratamento de resíduos de embalagens em Portugal, indicam que foram recolhidas 226.985 toneladas de embalagens nos ecopontos nacionais nos primeiros seis meses de 2024, mais 3% face ao período homólogo anterior.

O país está com um ritmo insuficiente para conseguir cumprir a nova meta da reciclagem de embalagens estabelecida pela Europa, adverte a entidade gestora em comunicado, recordando o compromisso de em 2025 Portugal reciclar, pelo menos, 65% das embalagens colocadas no mercado.

Apesar disso, um volume significativo de embalagens continuam a ir parar aos aterros, por serem descartadas inadequadamente, estimando a SPV que são “enterrados” por ano 31 milhões de euros de embalagens.

O vidro merece particular preocupação da SPV, salienta, justificando terem sido recolhidas 100.621 toneladas no primeiro semestre, o que traduz uma estagnação (0%) face ao mesmo período de 2023, sendo este o único material de embalagem que não cumpre a taxa de reciclagem nacional.

A SPV defende a criação de soluções específicas para facilitar a deposição do vidro, como o baldeamento assistido, para colocar nas proximidades de cafés, restaurantes e bares, onde são geradas as maiores quantidades destes resíduos urbanos.

Pela positiva, no primeiro semestre, a SPV assinala o encaminhamento para reciclagem de 75.552 toneladas de papel/cartão, mais 6% do que no período homólogo anterior, 4.449 toneladas de embalagens de cartão para alimentos líquidos (mais 7%), 41.601 toneladas de plástico (mais 6%) e 1.017 toneladas de alumínio (mais 22%).

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