O empresário Nuno Lobo e André Villas-Boas apresentaram esta semana os seus programas para as próximas eleições dos “dragões”.
A SAD do FC Porto espera apresentar em breve resultados financeiros “altamente positivos” quanto ao primeiro semestre da temporada 2023/24, disse na quinta-feira o presidente do clube da I Liga de futebol, Pinto da Costa.
“Já dissemos que foi uma opção nossa ter um resultado negativo [em 2022/23], para que pudéssemos estar nos oitavos de final da Liga dos Campeões, sendo até a única equipa portuguesa presente. Iremos provar que o nosso raciocínio estava certo, pois as contas serão altamente positivas e os capitais próprios vão ser igualmente positivos”, afiançou.
Pinto da Costa falava durante o jantar de natal organizado pela comissão de apoio à sua recandidatura à presidência dos “dragões”, em Fânzeres, vila do concelho de Gondomar, que estava inicialmente agendado para dezembro de 2023, mas foi adiado por um mês.
“Não me vou pronunciar acerca do meu futuro, porque a minha palavra está inteiramente marcada com aquilo que prometi. Antes de pensar na recandidatura, o FC Porto teria de estar apurado para os oitavos de final da Liga dos Campeões, ter contas positivas e uma academia pronta a avançar. Até lá, continuarei a manter-me no meu lugar, com o mesmo entusiasmo e a pensar em vencer e elevar o número de taças no nosso museu”, indicou.
Em 22 de novembro de 2023, numa entrevista ao canal televisivo SIC, Pinto da Costa já tinha definido essas “três grandes preocupações” como metas a alcançar a curto prazo, antes de revelar se vai concorrer a um 16.º mandato consecutivo na liderança do clube.
“À parte do passado e deste presente radioso, tenho muitos sonhos para o futuro. Isso é uma realidade e foi a estratégia traçada. Iremos ter uma academia, que vai ser a melhor portuguesa. Não vale a pena pensarem que há campinhos em qualquer lado que sirvam para travar este projeto, que já não vai em velocidade de cruzeiro e não para”, partilhou.
O empresário Nuno Lobo, candidato derrotado há quatro anos, e André Villas-Boas, ex-treinador da equipa principal de futebol em 2010/11, apresentaram esta semana os seus programas para as próximas eleições dos “dragões”, cuja data ainda será marcada pelo líder da Mesa da Assembleia Geral, José Lourenço Pinto, mas devem decorrer em abril.
“Há uma coisa que garanto: o FC Porto é uma paixão para mim, mas não é uma paixão momentânea ou de interesse. Não irei contribuir para a desunião. Há inimigos exteriores que cheguem. Seja qual for a minha posição, nunca vai ser de litígio com quem quer que seja”, referiu o dirigente com mais títulos e longevidade do futebol mundial, que foi eleito pela primeira vez como 33.º presidente da história dos “dragões” em 17 de abril de 1982.
Pinto da Costa, de 86 anos, valorizou a fase “pujante” do terceiro colocado da I Liga, com 38 pontos, a oito do líder Sporting, que tem mais um desafio, numa noite em que recebeu uma peça de porcelana da comissão de recandidatura chefiada por Fernando Cerqueira.
“Em quase 42 anos de presidência, e até outubro de 2023, que foi quando recebi a última contabilização, tínhamos vencido 2.550 títulos nas modalidades, 68 dos quais no futebol, sendo que sete foram a nível internacional. Quando se mete em causa o valor da equipa, que, ao longo deste mandato, ganhou tantos troféus como os três rivais juntos [Benfica, Sporting e Sporting de Braga], algo está mal e não é certamente no FC Porto”, terminou.