Pedro Nuno diz que personalidades nos comícios da AD fazem “lembrar o pior” do passado

O líder do PS sublinha que Paulo Portas não apareceu na campanha só ontem, “ele está em campanha todos os domingos”, numa referência ao seu programa de comentário televisivo.

Março 6, 2024

O secretário-geral do PS afirmou hoje que cada nova figura que aparece nos comícios da AD faz “lembrar o pior” do passado, durante uma arruada no Barreiro em que recusou brindar já a uma vitória socialista.

Acompanhado pela cabeça de lista do PS por Setúbal, Ana Catarina Mendes, e pelo autarca local, Frederico Rosa, Pedro Nuno Santos percorreu esta manhã as ruas do Barreiro, no distrito de Setúbal, rodeado por centenas de pessoas, tendo entrado em vários estabelecimentos comerciais e no mercado local.

A meio do percurso, o líder socialista falou aos jornalistas mas recusou reagir às declarações de Paulo Portas – que, num comício na terça-feira, o acusou de ziguezagues sobre a governabilidade em Portugal -, sublinhando que o antigo líder do CDS não apareceu na campanha só ontem, “ele está em campanha todos os domingos”, numa referência ao seu programa de comentário televisivo.

“Eu não tenho nenhum comentário a fazer a Paulo Portas. A memória que ele deixou aos portugueses não é boa e, portanto, não me preocupa muito o que ele diz”, afirmou, para logo de seguida criticar as várias personalidades – como Durão Barroso, Pedro Passos Coelho ou Assunção Cristas – que têm participado nos comícios da AD.

“Nós não podemos andar para trás. Os nomes que a AD tem apresentado nestas eleições fazem-nos lembrar o pior”, frisou.

Depois de ter distribuído cumprimentos e tirado várias “selfies”, o líder do PS entrou na Tasca da Galega, paragem obrigatória para o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que aqui vem todos os anos na véspera de Natal para beber uma ginja.

Pedro Nuno Santos repetiu a tradição, com quase três meses de atraso, e também quis experimentar o licor local com Ana Catarina Mendes, Frederico Rosa e António Mendonça Mendes – candidato por Setúbal e atual secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro -, mas recusou brindar à vitória.

“Não [vou brindar à vitória]. Nós temos muito respeito pelas eleições e pelo dia 10 de março. Portanto, nós trabalharemos com muita humildade para convencer o povo português a estar connosco, a fazer a mudança connosco e a não andar para trás”, disse.

Pedro Nuno Santos argumentou que “o ambiente é bom” e as pessoas confiam no PS, salientando que “ninguém quer voltar para trás” e voltando a criticar a coligação composta por PSD/CDS-PP/PPM.

“Cada nova figura que aparece em cada novo comício da AD lembra-nos o pior, lembra a todos o pior: aos mais velhos, às mulheres”, defendeu.

Já questionado sobre as palavras que trocou esta terça-feira à noite com António Costa, no final de um comício na Aula Magna, em Lisboa, Pedro Nuno Santos disse que fala muitas vezes com o primeiro-ministro.

“Eu quero é apelar ao voto dos indecisos no PS para não andarmos para trás, nomeadamente aos mais velhos. Está muito em jogo para os mais velhos e para as mulheres. Eles sabem que podem contar com o PS e sabem que, com o PSD, recuaram sempre. Connosco, avançam”, afirmou, voltando a apelar à concentração do voto no PS “para derrotar a direita”.

“Só se derrota a AD de uma maneira: votando no PS”, disse.

Nas últimas eleições legislativas, o PS obteve 51,45% dos votos no Barreiro. Em Setúbal, teve 45,73% dos votos, conquistando 10 dos 19 mandatos em disputa – o PSD obteve três, seguido pela CDU, com dois.

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