Eduardo Vítor Rodrigues destacou, entre outros projetos, a “conquista” para Gaia de 169 novas camas em unidades de convalescença, a candidatura para a construção de novas creches, parques infantis e habitação para arrendamento acessível e a reabilitação do parque escolar.
A Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia aprovou, com os votos contra do PSD, o orçamento para 2025 de 284,76 milhões de euros, mais 12,86 milhões de euros face ao deste ano.
Na proposta, a que a Lusa teve acesso, é descrito que a previsão da receita municipal ascende a 284,76 milhões de euros, dos quais 69,83% (198,8 milhões de euros) são receitas correntes e 30,17% (85,9 milhões de euros) são receitas de capital.
Na apresentação do orçamento, logo no início da reunião extraordinária do executivo municipal, o presidente da autarquia, o socialista Eduardo Vítor Rodrigues, que não se pode recandidatar em 2025 por atingir o limite de mandatos, afirmou que Gaia está “muito melhor do que no passado”, nomeadamente do que em 2013, ano em que assumiu a sua liderança, após governação do PSD.
“Fechamos com o dobro do investimento do que em 2013”, atirou, acrescentando que Vila Nova de Gaia, no distrito do Porto, é o nono concelho do país com mais investimento pago.
Referindo-se ainda à liderança do PSD, o autarca lembrou que, ao contrário do que acontecia na governação dos social-democratas, a taxa do Imposto Municipal sobre imóveis (IMI) não é a máxima, tendo vindo a diminuir ao longo dos anos.
“E ainda assim a situação financeira está no verde”, frisou.
Eduardo Vítor Rodrigues destacou, entre outros projetos, a “conquista” para Gaia de 169 novas camas em unidades de convalescença, a candidatura para a construção de novas creches, parques infantis e habitação para arrendamento acessível e a reabilitação do parque escolar.
O autarca avançou ainda que a requalificação do edifício Paços do Concelho terminará em 2025, bem como a construção do novo pavilhão multiusos Nelson Mandela.
Contudo, esta visão não é partilhada pelo vereador do PSD, Rui Rocha, que considerou que o documento “não demonstra visão e ambição e compromete o futuro do município”.
“A falta de criatividade política conduz esta maioria socialista a recordar um passado fantasiosamente despesista e um presente que não existe. Vila Nova de Gaia, infelizmente, não está melhor do que estava em 2013”, salientou.
Para o social-democrata, o concelho perdeu poder no contexto regional e perdeu identidade e orgulho entre os gaienses e, acrescentou, que “muitas vezes é notícia não pelos melhores motivos”.
Na resposta, Eduardo Vítor Rodrigues acusou o PSD de dizer “asneiras e inverdades” e de não ter feito “uma única proposta”.
“Só participa [nas reuniões] para dizer mal”, vincou.
Além disso, o autarca, que disse ter feito uma revolução ética, criticou ainda o vereador do PSD por ter uma “atitude justicialista” e de “bota abaixo”.