O PCP reiterou que as prioridades do Governo “são contrárias” às identificadas pelo partido e destacou a necessidade de ser encetada uma “valorização efetiva dos salários e das pensões”, em vez de se reduzir o IRS que, disse, só “favorece sobretudo os grupos económicos”.
O PCP voltou hoje a colocar-se fora de “qualquer negociação” no âmbito do próximo Orçamento do Estado para 2025 e prometeu um combate no parlamento às opções políticas do Governo.
Esta posição foi assumida pela deputada Paula Santos no final da reunião sobre o Orçamento do Estado para 2025, no parlamento, com o ministro de Estado e das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, o ministro da Presidência, António Leitão Amaro, e o ministro dos Assuntos Parlamentares, Pedro Duarte.
“Não temos qualquer negociação com o Governo”, disse Paula Santos, prometendo apresentar propostas no debate orçamental com “soluções concretas para dar resposta aos problemas que o país tem”.
O PCP reiterou que as prioridades do Governo “são contrárias” às identificadas pelo partido e destacou a necessidade de ser encetada uma “valorização efetiva dos salários e das pensões”, em vez de se reduzir o IRS que, disse, só “favorece sobretudo os grupos económicos”.
“O país precisa de contratar, de fixar profissionais de saúde no SNS para que os serviços públicos de saúde funcionem de forma adequada, que não encerrem como tem acontecido nestes últimos meses, para que os utentes tenham médico”, defendeu a líder parlamentar do PCP.
Paula Santos afirmou também que, “conhecendo o programa de Governo”, o partido não teve “nenhuma surpresa” com os números do cenário macroeconómico que foram avançados pelo executivo, embora sem detalhar qualquer número deste cenário.
“Aliás, o PCP foi o partido que no início desta legislatura afirmou com todas as palavras que iríamos dar combate a este programa e que da nossa parte ele nem sequer seria implementado no nosso país”, acrescentou a deputada comunista.
A deputada concluiu que este não será o “orçamento que vai dar resposta aos problemas do país”, alegando que “vai prosseguir um caminho de desigualdade, de injustiça, de favorecimento do grandes interesses”.