“Percebemos que a habitação é uma causa de empobrecimento da maior parte do país, impede jovens de estudar, professores de se deslocarem para dar aulas, médicos, enfermeiros e profissionais de poderem exercer a sua profissão”, alega a líder do Bloco de Esquerda.
A coordenadora do BE, Mariana Mortágua, assegurou hoje que as medidas para combater a crise na habitação estarão “no centro de qualquer entendimento” à esquerda a seguir às eleições, uma área em que acusou o PS de ter falhado.
O penúltimo dia de campanha da caravana bloquista começou hoje com uma visita às residências universitárias na Faculdade de Letras da Universidade do Porto, para ouvir os receios e as queixas dos estudantes sobre o problema do acesso à habitação, na qual Mariana Mortágua esteve acompanhada pelos candidatos do BE pelo Porto Marisa Matias, José Soeiro e Ana Isabel Silva.
“A habitação é uma das grandes prioridades do Bloco de Esquerda. Temos dito isso muito antes da campanha, percebemos que a habitação é uma causa de empobrecimento da maior parte do país, impede jovens de estudar, professores de se deslocarem para dar aulas, médicos, enfermeiros e profissionais de poderem exercer a sua profissão”, respondeu aos jornalistas quando questionada se esta área seria uma linha vermelha em negociações depois de domingo.
Mariana Mortágua deixou uma garantia: “é lógico que a habitação, as medidas para combater a crise da habitação estarão no centro de qualquer entendimento de uma maioria com a esquerda para transformar o país”.
Já sobre a sondagem de hoje, a líder do BE manteve a posição que tem tido de que estas “valem o que valem” e recordou o que aconteceu com estes estudos de opinião nas últimas eleições.
“Esta campanha está a crescer e está a crescer muito e agiganta-se. Nós temos cada vez mais gente connosco, cada vez mais gente na rua, cada vez mais gente na universidade, a lutar pela habitação, por direitos iguais, por dignidade, por decência”, enfatizou.
A líder do BE aproveitou este momento para mais um apelo ao voto nos bloquistas já que, segundo defendeu, este “decide para fazer uma maioria que derrota a direita, decide para fazer uma maioria com a esquerda, mas decide muito mais do que isso, decide o que fará essa maioria”.
“Porque com a força do Bloco de Esquerda essa é a maioria que vai resolver a crise da habitação em vez do arrasta pé, das políticas do remendo, das políticas de emergência”, comprometeu-se.