O Aeroporto Humberto Delgado também será alvo de intervenções de expansão.
O primeiro-ministro defendeu que a opção por um aeroporto único é a “solução mais adequada aos interesses estratégicos do país”, e que Alcochete garante margem de expansão e crescimento do “hub” da TAP.
“Alcochete, em particular, garante margem de expansão física, acomodação de procura até praticamente o triplo da atual, a salvaguarda da manutenção e do crescimento possível do “hub” da TAP em Portugal”, defendeu Luís Montenegro, numa declaração ao país na residência oficial em São Bento.
O primeiro-ministro defendeu ainda que a escolha de Alcochete irá fomentar “a capacidade intermodal” de todo o sistema de transportes e gerar efeitos macroeconómicos no arco ribeirinho Sul, gerando uma nova centralidade económica e social.
“É um projeto que se irá desenvolver em terrenos públicos e assegura a sustentabilidade, tendo já tido uma Declaração de Impacto Ambiental que, entretanto, caducou”, acrescentou.
Na fase de perguntas ao ministro das Infraestruturas — Luís Montenegro não respondeu a questões da comunicação social -, Miguel Pinto Luz afirmou o que o chefe do Governo falou com o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, antes deste anúncio.
Além de ter decidido a localização e denominação do novo aeroporto de Lisboa — que se vai chamar Luís de Camões -, o Governo aprovou ainda a determinação de um plano de obras para o atual Aeroporto Humberto Delgado, a conclusão dos estudos para uma terceira travessia do Tejo e da ligação ferroviária de alta velocidade entre Lisboa e Madrid.
“O Governo pretende fazer uma gestão rigorosa dos recursos públicos e alavancar um ciclo de prosperidade duradouro e sustentado”, afirmou o primeiro-ministro.
Montenegro defendeu que estas infraestruturas “trarão maior comodidade aos portugueses” e aos turistas que visitam o país.
“Estas decisões estimulam a competitividade da nossa economia, aceleram a capacidade de atração de investimento e crescimento e promovem também a coesão territorial”, afirmou, defendendo que só assim Portugal terá condições de pagar “melhores salários e pensões” e reter mais talento em Portugal.