Montenegro critica adiamentos e “cativações rígidas” do passado e diz que Governo quer “executar”

O primeiro-ministro instou ainda a Assembleia da República e todos os partidos políticos nela representados “a fazerem parte, a serem agentes ativos da valorização e da promoção da capacidade do país”.

Janeiro 15, 2025

O primeiro-ministro afirmou hoje que a “palavra de ordem” do Governo para o ano de 2025 será executar e aumentar o investimento em Portugal, criticando “cativações rígidas” e “anos de adiamento” dos governos anteriores do PS.

Na intervenção inicial no debate quinzenal no parlamento, o primeiro de 2025, Luís Montenegro elegeu o aumento do investimento — público, privado e estrangeiro — como o grande objetivo deste ano.

“É necessário recuperar de anos de adiamentos e cativações rígidas que deixaram na gaveta muitas das intenções de investimento e muitos dos planos que se programaram. A nossa política tem como base, como palavra de ordem, executar. Mais do que mostrar grandes figuras e grandes “powerpoints”, é executar no terreno”, afirmou.

O primeiro-ministro instou ainda a Assembleia da República e todos os partidos políticos nela representados “a fazerem parte, a serem agentes ativos da valorização e da promoção da capacidade do país”.

Para Montenegro, independentemente das diferenças entre os partidos, é importante que todos possam “ser um elemento ativo de promoção das condições económicas favoráveis que Portugal oferece para acolher investimentos”.

“É com satisfação que Portugal ocupa um lugar de referência a nível internacional no que diz respeito à estabilidade política, no que diz respeito à estabilidade financeira, no que diz respeito à previsibilidade, no que diz respeito à segurança”, disse, reiterando que todos são “elementos e fatores” que dão confiança aos investidores.

Na sua intervenção, Montenegro defendeu que só a criação de mais riqueza permitirá “salvar o Estado social, garantir mais oportunidades, garantir melhores salários e melhores pensões, reduzir a carga fiscal e preservar o equilíbrio das contas públicas”.

“A chave que abre um ciclo de crescimento económico, robusto e duradouro é o investimento. O investimento público, o investimento privado e empresarial, o investimento direto estrangeiro”, considerou.

Ao nível do investimento privado e empresarial, o primeiro-ministro disse que o Governo PSD/CDS-PP já promoveu a redução dos impostos sobre os rendimentos do trabalho das empresas, bem como políticas de capitalização das empresas e de valorização dos salários dos trabalhadores.

“Desta forma, visamos aumentar a nossa produtividade, a nossa competitividade, fomentar as nossas exportações e sermos capazes de travar o êxodo dos nossos recursos humanos, de atrair e reter mais talento e mais capacidade de trabalho qualificada”, afirmou.

Outro aspeto desta estratégica, considerou, é ter “uma administração pública mais ágil, menos burocrática, mais disposta a facilitar e resolver os problemas das pessoas e não a complicar os problemas das pessoas”.

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