Rangel rejeita “forçar análises” sobre declaração do Presidente da República.
O ministro dos Negócios Estrangeiros, que está hoje em Kiev, disse que está “extremamente cauteloso” quanto à possibilidade de a Rússia aceitar a proposta de cessar-fogo com a Ucrânia, após declarações do Presidente russo, Vladimir Putin.
“Estou extremamente cauteloso, não estou nada seguro de que a Federação Russa vá aceitar o cessar-fogo”, disse Paulo Rangel, em declarações aos jornalistas, em Kiev, capital da Ucrânia.
O ministro dos Negócios Estrangeiros insistiu que “não há qualquer certeza sobre o avanço deste acordo”, mas advertiu que Washington — que está a fazer a mediação deste acordo — “fez saber que o compromisso que está em cima da mesa é claramente aceitável para as duas partes”.
Sobre a declaração feita na quinta-feira pelo Presidente russo, Paulo Rangel opinou que “a proclamação inicial parecia ser encorajante”, mas o detalhe das exigências feitas por Vladimir Putin não deixou margem para celebrar um acordo de cessar-fogo.
Rangel rejeita “forçar análises” sobre declaração do Presidente da República
O vice-presidente social-democrata Paulo Rangel e ministro dos Negócios Estrangeiros rejeitou hoje “forçar análises” sobre a declaração que o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, fez ao país na quinta-feira à noite.
“Sobre a declaração do Presidente da República, ela não podia ter sido mais imparcial”, disse Paulo Rangel, em declarações aos jornalistas, em Kiev, capital da Ucrânia.
À margem de uma visita na qualidade de ministro dos Negócios Estrangeiros, o vice-presidente do PSD considerou que “não vale a pena estar a forçar análises que muitos querem fazer de um lado e do outro”.
Paulo Rangel, antigo eurodeputado social-democrata, acrescentou que a decisão de avançar para eleições foi o método que o Presidente da República encontrou para resolver o “impasse político”, gerado pela polémica com o primeiro-ministro em torno da empresa Spinumviva.