A Metro do Porto furou hoje o túnel entre as futuras estações Galiza e Hospital Santo António, faltando um furo para completar as galerias da Linha Rosa, com o objetivo de a abrir ao público em julho de 2025. “Sempre que se faz o varamento [termo técnico para furar um túnel] de uma estrutura destas, […]
A Metro do Porto furou hoje o túnel entre as futuras estações Galiza e Hospital Santo António, faltando um furo para completar as galerias da Linha Rosa, com o objetivo de a abrir ao público em julho de 2025.
“Sempre que se faz o varamento [termo técnico para furar um túnel] de uma estrutura destas, é mesmo um objetivo e um passo muito importante para nós, porque significa que, do ponto de vista estrutural, estamos mais próximos de atingir o nosso objetivo”, disse hoje o presidente da Metro do Porto, Tiago Braga, aos jornalistas.
O presidente da transportadora falava nos estaleiros da futura estação Hospital Santo António, por debaixo do Jardim do Carregal, no Porto, após o “furo” do túnel que ligará a estação à estação Galiza.
“Nós temos um objetivo de colocar esta linha em operação no final de julho do próximo ano. Para nós, esta etapa era absolutamente crítica. Conseguimo-la atingir nesta altura”, disse o responsável, ladeado pela secretária da Estado da Mobilidade, Cristina Pinto Dias.
Em maio, já tinha sido concluída a escavação do túnel entre a estação Hospital Santo António e São Bento, e Tiago Braga disse aos jornalistas que a conclusão do troço que falta, entre a Galiza e Casa da Música, deverá ocorrer no final do ano ou em janeiro.
Questionado se há tempo para cumprir o prazo de julho de 2025, Tiago Braga disse que sim, porque no plano de trabalhos apresentado pelo empreiteiro (consórcioo Ferrovial/ACA) e aprovado pela Metro do Porto, os trabalhos serão interseccionados.
“Nós não vamos ficar à espera de toda a estrutura da linha estar concluída para entrarmos na fase dos equipamentos eletromecânicos, naquilo que é a fase mais ferroviária: o carril, postes de catenária, catenária, equipamentos, postos de transformação”, explicou.
Desta forma, a Metro do Porto irá, “ao mesmo tempo continuar a construir o túnel” que falta (cerca de 200 metros), mas haverá “uma simultaneidade de trabalhos que, por exemplo, na Linha Amarela [extensão Santo Ovídio – Vila d”Este], não aconteceu”.
“Neste momento, quer na estação da Liberdade [São Bento], quer na estação da Galiza, já estão a ser construídas as salas técnicas que vão albergar esses equipamentos. Assim que o revestimento secundário do túnel entre a Liberdade e a Galiza estiver pronta, nós vamos começar a instalar carril”, disse.
A secretária de Estado enalteceu os trabalhadores da obra e disse que a Linha Rosa “vai melhorar a mobilidade de todos os portuenses, de todos os cidadãos”, desejando que traga “mais pessoas para o transporte público”.
“Quando, no programa de Governo, dizemos que temos que aumentar a quota modal do transporte público – que está baixa, neste momento representa 14% quando em 2011 representava 17%, e o transporte individual 62% e agora 66% – temos que trabalhar em prol de uma sociedade mais limpa, mais descarbonizada”, vincou.
Com um custo total que ascende aos 304,7 milhões de euros, a Linha Rosa terá ligação às atuais estações de metro Casa da Música e São Bento, e terá estações intermédias no Hospital de Santo António e Praça da Galiza.