Até agora, foram realizadas mais 330 ações do que em 2023, ano em que foram recolhidas 152,7 toneladas de resíduos.
A Câmara do Porto recolheu este ano 117,6 toneladas de resíduos relacionados com o consumo de droga, no âmbito de um projeto que, desde 2018, permitiu retirar das ruas mais de 678 toneladas de seringas, pratas e cachimbos.
Segundo o relatório do projeto “Porto, Cidade Sem Droga”, a que a Lusa teve hoje acesso, entre 01 de janeiro e 13 de novembro, foram recolhidas mais de 117.620 quilogramas de resíduos e realizadas 5.976 ações.
Até agora, foram realizadas mais 330 ações do que em 2023, ano em que foram recolhidas 152,7 toneladas de resíduos.
Lançado em 2018, o projeto “Porto, Cidade Sem Droga” já permitiu retirar das ruas da cidade 678.780 quilogramas de resíduos, não só relacionados com o consumo de droga, como pratas, seringas e cachimbos, mas também acumulado pelos toxicodependentes “com sério comprometimento da saúde pública”, como colchões, roupas sujas e dejetos, no decorrer de 21.518 ações de limpeza.
O projeto tem como objetivo a recolha de resíduos relacionados com os consumos, realizando ações em todo o município, mas com “especial foco” nas zonas da Pasteleira, Lordelo do Ouro e Aleixo.
A ciclovia da Rua Paulo da Gama, Rua D. João de Mascarenhas, junto à bomba de gasolina na Rua de Diogo Botelho, bairro Pinheiro Torres, entrada da VCI junto à Rua António Bessa Leite, envolvente do antigo bairro do Aleixo, Rua Manuel Pinto de Azevedo, Bessa Leite e Sé do Porto são alguns dos locais mais frequentemente visitados pelos serviços municipais.
As intervenções são realizadas de segunda-feira a domingo por membros do Departamento Municipal de Espaços Verdes e Gestão de Infraestruturas, em articulação com a Polícia Municipal.
“Por norma, os sábados são reservados para a recolha de objetos de maior dimensão (tendas, barracas, etc.) e, por isso, o número de colaboradores a alocar também é maior. Os restantes dias são mais focados na recolha de resíduos menores e potencialmente contaminados”, lê-se no relatório.
De segunda a sexta e aos domingos, as equipas visitam os locais onde a produção de resíduos potencialmente contaminados “é habitual e praticamente diária”, já aos sábados as equipas visitam os locais que constam numa lista previamente enviada pela Polícia Municipal e que resulta de uma ronda feita pela cidade “de forma a perceber os pontos que necessitam de intervenção”.