Para todas as situações não emergentes, os cidadãos devem entrar em contacto com a linha SNS24, para referenciação e aconselhamento adequados.
O INEM confirmou que as greves de hoje dos técnicos de emergência pré-hospitalar (TEPH) estão a afetar o normal funcionamento da linha 112, recomendando que as pessoas não desliguem as suas chamadas até serem atendidas.
O Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) “confirma que a greve da função pública e a greve dos TEPH às horas extra estão a ter impacto na atividade regular do Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) e nos meios”, adiantou à Lusa o organismo que coordena o funcionamento do Sistema Integrado de Emergência Médica.
Depois de recordar que se deve ligar para o número europeu de emergência 112 “apenas em situações graves ou de risco de vida”, o instituto salientou ser “importante que o contactante não desligue a chamada enquanto não for atendido por um profissional, pois estas são sempre atendidas por ordem de chegada”.
Para todas as situações não emergentes, os cidadãos devem entrar em contacto com a linha SNS24, para referenciação e aconselhamento adequados, refere ainda o INEM.
Segundo o Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar (STEPH), durante o turno da manhã um total 46 meios de emergência do INEM estiveram parados, a maioria ambulâncias de emergência médica, devido às duas greves, que provocaram ainda mais de 100 chamadas para o 112 em espera.
Estas greves tiveram uma “repercussão muito significativa” nos quatro CODU existentes em Lisboa, Porto, Coimbra e Faro, o que fez com que “houvesse um número muito diminuído de técnicos a atender as chamadas da linha 112”, avançou o sindicato.
A meio da manhã, “ultrapassou-se a barreira das 100 chamadas em espera que não diminuiu até à hora de almoço”, referiu à Lusa o vice-presidente do STEPH, Rui Cruz, ao apontar o exemplo do CODU de Lisboa, o maior do país, que “tinha apenas quatro pessoas a atender as chamadas, quando devia ter 18”.
Os trabalhadores da Administração Pública voltaram a cumprir hoje uma greve convocada pela Federação Nacional de Sindicatos Independentes da Administração Pública e de Entidades com Fins Públicos (Fesinap).