Em causa está a sessão de dinamização de uma Nova Geração de Cooperativismo, que decorrerá na terça-feira, pelas 17:30, no Convento Corpus Christi, em Vila Nova de Gaia.
A empresa municipal de urbanismo e habitação Gaiurb, de Vila Nova de Gaia, e o Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana discutem na terça-feira um novo modelo cooperativo de habitação, disse à Lusa o presidente da entidade gaiense.
“É um pontapé de partida de um conjunto de personalidades que conhecem bem o tema e que o vão querer passar a todos aqueles que estiverem interessados, desde cidadãos mais organizados a cidadãos menos organizados que ouvem pela primeira vez a temática das cooperativas”, disse à Lusa António Miguel Castro, presidente da Gaiurb.
Em causa está a sessão de dinamização de uma Nova Geração de Cooperativismo, que decorrerá na terça-feira, pelas 17:30, no Convento Corpus Christi, em Vila Nova de Gaia (distrito do Porto).
Na base do debate está um concurso lançado pelo Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU) em dezembro de 2021 para um projeto de promoção público-comunitária em Vila Nova de Gaia (na Quinta da Belavista), que se pretende relançar.
“Vamos reformular o caderno de encargos para que, algures no início do ano de 2024, se possa lançar, para o mesmo terreno, um novo caderno de encargos feito com as pessoas, para se conseguir ter uma probabilidade maior de sucesso que teve no passado”, disse António Miguel Castro à Lusa.
Para o responsável, o antigo caderno de encargos era “muito leonino”, já que “apertava muito nas condições iniciais de entrada” na possível futura cooperativa.
“Eu acho que foi isso que falhou no passado, não envolver as pessoas desde o início”, disse.
Assim, o primeiro objetivo do que pretende ser uma “mesa redonda” de estilo mais “informal”, apesar da presença institucional, é “reunir as pessoas para, primeiro, perceber o que falhou, e, segundo, demonstrar que existe um novo modelo de cooperativismo que é absolutamente fundamental começar a lançar”.
Numa altura em que a banca comercial tem ainda “juros mais elevados, esta poderá ser uma alternativa mais viável a poder investir num modelo cooperativo”, sem os custos da intermediação imobiliária, defendeu.
Para tal, o debate pretende também trazer o Banco de Fomento “para articular quais as soluções que se perspetivam”, não tratando a banca “como um terceiro” ou como “um pilar que é separado do próprio modelo cooperativo”.
O objetivo é incentivar e demonstrar que “há uma nova política e uma nova geração de políticas cooperativas de habitação, com alguns elementos extra mais ágeis e mais fáceis”, num cenário em que “existe banca disponível para apoiar este tipo de iniciativas que eram, no passado, apenas e só, [fomentados] pela iniciativa dos cidadãos”.
“A habitação precisa de um conjunto enorme de soluções, como se fosse um canivete suíço. Não se resolve só com a habitação pública, não se resolve só com o privado a jogo, resolve-se também com o envolvimento e com a participação ativa das pessoas”, defendeu António Miguel Castro.
A sessão organizada pelo IHRU, pela Gaiurb e pela Câmara de Gaia contará assim com o Banco do Fomento, a Cooperativa Cultural de Braga, a especialista Cristina Gamboa, a arquiteta portuguesa Sara Brych e o ateliermob.