A Casa da Arquitetura foi fundada em 2007.
O Governo vai renovar o apoio à Casa da Arquitetura, no concelho de Matosinhos, com 3,3 milhões de euros para três anos e acrescentar ao atual modelo de parceria a participação do Ministério da Coesão Territorial, foi hoje anunciado.
Em comunicado, a Casa da Arquitetura referiu que a ligação agora a cinco ministérios “representa um incentivo ao papel da instituição como ativo estratégico no território, em Matosinhos e para Portugal, com capacidade de atrair e fixar pessoas, projetos e entidades de cariz internacional”, avançando que o Ministério da Coesão Territorial se juntará agora aos quatro que anteriormente já participavam no protocolo.
Assim, serão agora cinco os ministérios envolvidos no apoio à Casa da Arquitetura: Economia e do Mar, da Cultura, da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, do Ambiente e da Ação Climática, bem como Coesão Territorial.
Já em resposta à agência Lusa, fonte da Casa da Arquitetura avançou que o apoio do Estado a cada ano será de 1,1 milhões de euros, num total a rondar os 3,3 milhões de euros para o triénio 2024/2026.
“[A arquitetura] é uma área capaz de estabelecer várias pontes com as mais variadas áreas e entidades e o intercâmbio cultural, científico, artístico, empresarial, técnico e tecnológico com entidades nacionais e internacionais”, lê-se no protocolo que é hoje assinado em Matosinhos, no distrito do Porto, numa cerimónia agendada para as 14:30 que será presidida pelo ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva.
Está também prevista a presença do diretor executivo da Casa da Arquitetura, Nuno Sampaio, e de Joaquim Mendes Pinto, membro da comissão executiva.
A Casa da Arquitetura foi fundada em 2007.
Em 2017 foi constituída como Centro Português de Arquitetura após um investimento de 10 milhões de euros da Câmara Municipal de Matosinhos nas atuais instalações. Desde então tem reunido uma série de espólios e arquivos de arquitetos nacionais e internacionais, com particular destaque para o Brasil.
No comunicado, são descritas as linhas conjuntas de trabalho que visam cada uma das cinco áreas ministeriais.
Ao Ministério da Economia e do Mar caberá uma participação através do Turismo de Portugal, prevendo-se o apoio à criação de roteiros turísticos e iniciativas no âmbito da promoção internacional de Portugal ancorada na arquitetura.
Já o envolvimento do Ministério da Cultura neste protocolo destina-se a atividades de reflexão crítica, teórica e prática no âmbito da arquitetura, urbanismo e espaço público, com temas individuais ou coletivos, por meio da organização e produção de exposições, publicação de catálogos, realização de programação paralela e mediação de públicos dedicados.
Em causa está também, lê-se no comunicado, dar continuidade e visibilidade ao apoio no âmbito do protocolo celebrado para 2021/2023 para a constituição da coleção de acervo nacional sobre “50 anos da arquitetura portuguesa em democracia – 1974-2024.
Este apoio prevê a realização de um projeto de destaque que é a edição e publicação da obra completa de Álvaro Siza.
Quanto à participação do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, esta destina-se à formação doutoral e ao emprego científico no âmbito da colaboração da Casa da Arquitetura e unidades de investigação e desenvolvimento.
O apoio do Ministério do Ambiente e da Ação Climática à Casa da Arquitetura visa “o reforço da base de conhecimento científico sobre a arquitetura em Portugal, através de seminários e/ou conferências e/ou “workshops”, projetos de sensibilização e de envolvimento da população nos âmbitos da conservação da natureza, paisagem, sustentabilidade ambiental, energia, economia circular, urbanismo e mobilidade, entre outras áreas e atividades”.
Por fim, a participação do Ministério da Coesão Territorial será para viabilizar uma coleção de arquivo “cidade e território” que visa, em especial, o levantamento e catalogação de uma seleção de projetos de intervenções urbanas de grande escala construídos em Portugal, no arco temporal compreendido entre 1998 e 2023.