Os representantes dos sindicatos vão também reunir-se com a tutela para analisar propostas para a melhoria das condições de trabalho do pessoal não docente.
O Ministério da Educação e sindicatos reúnem-se hoje para discutir um apoio à deslocação para professores colocados em escolas longe de casa e medidas para melhorar as condições de trabalho do pessoal não docente.
A duas semanas do arranque de mais um ano letivo, representantes do Ministério da Educação, Ciência e Inovação vão reunir-se com vários sindicatos para negociar um ponto do decreto-lei que criou um regime excecional e temporário para a contratação de professores.
Governo e professores vão discutir a criação de um apoio à deslocação destinado aos educadores de infância e aos professores dos ensinos básico e secundário, que fiquem colocados em agrupamentos de escolas ou escolas não agrupadas considerados carenciados, ou seja, escolas situadas nas zonas da Grande de Lisboa, Alentejo e Algarve.
No final de julho, o ministro da Educação, Fernando Alexandre, admitiu que o próximo Orçamento do Estado poderá vir a contemplar apoios para atrair mais docentes para as escolas com mais casos de alunos sem aulas.
Há muito que este é um problema que afeta em especial os estabelecimentos de ensino nas zonas de Lisboa, Alentejo e Algarve, tendo a tutela desenhado o plano “+Aulas + Sucesso” para atrair professores, um projeto que não contemplava apoios à habitação ou à deslocação.
Um dos objetivos do plano é chegar a dezembro com uma redução de 90% de alunos sem aulas, em relação aos valores registados no ano passado.
Em declarações aos jornalistas no final de julho, Fernando Alexandre admitiu ser “expectável verificar dificuldades em suprir as necessidades [de professores] na Área Metropolitana de Lisboa e no Algarve” no arranque do ano letivo.
Já o anterior ministro da Educação também tinha anunciado um apoio até 200 euros aos docentes que ficassem colocados longe de casa.
O plano “+ Aulas + Sucesso” prevê, entre outras medidas, que os professores adiem a reforma recebendo um extra de 750 euros ou que possam fazer mais horas extraordinárias.
Os representantes dos sindicatos vão também reunir-se com a tutela para analisar propostas para a melhoria das condições de trabalho do pessoal não docente.