Leitão Amaro salientou que o executivo minoritário PSD/CDS-PP sempre disse que as medidas deste plano “iam ser implementadas ao longo do tempo, em meses e anos, e que iriam produzir gradualmente resultados”.
O ministro da Presidência defendeu hoje que “ninguém de boa-fé poderia supor” que os problemas no setor da saúde seriam resolvidos em poucos meses, salientando que o Governo encontrou uma situação “muito difícil” devido à “incapacidade” do anterior executivo.
“Ninguém de boa-fé poderia imaginar, supor, prometer, sugerir que a dimensão do problema, do drama, da desorganização nos sistemas de saúde se pudesse resolver em 60 dias, 70 ou 80. Sempre fomos claros: apresentámos um plano de emergência e de reorganização porque o problema é difícil e estrutural”, defendeu o ministro da Presidência.
Esta posição foi assumida por António Leitão Amaro, em conferência de imprensa após um Conselho de Ministros, realizado no Campus XXI, em Lisboa, no qual foi questionado sobre a atual situação das urgências no país e o facto de apenas duas medidas do plano de emergência do Governo para a saúde estarem executadas.
Leitão Amaro salientou que o executivo minoritário PSD/CDS-PP sempre disse que as medidas deste plano “iam ser implementadas ao longo do tempo, em meses e anos, e que iriam produzir gradualmente resultados”.
“A nossa expectativa e compromisso é o de trabalhar todos os dias para encontrar respostas para um problema tremendo que se agravou, se gerou, por 3.050 dias de incapacidade”, lamentou.
O primeiro-ministro, Luís Montenegro, visita hoje, acompanhado pelo Presidente da República e pela ministra da Saúde, o Serviço de Oncologia do Hospital de Santa Maria, quando ainda há 1.500 doentes oncológicos a aguardar operação fora do tempo recomendado.