Governo admitiu retirar moção de confiança caso inquérito fosse feito em 15 dias, PS rejeitou

O secretário-geral do PS respondeu ao ministro Pedro Duarte que os socialistas não aceitam “nem combinações, nem negociatas com o PSD ou o Governo”.

Março 11, 2025

O ministro dos Assuntos Parlamentares admitiu hoje retirar a moção de confiança caso o PS aceitasse a realização de uma comissão de inquérito à Spinumviva em 15 dias, mas o PS rejeitou.

No debate da moção de confiança ao Governo na Assembleia da República, Pedro Duarte disse que o Governo aceitaria a comissão de inquérito à empresa familiar do primeiro-ministro, Spinumviva, o âmbito e objetivo já definidos.

Pedro Duarte defendeu que teria de haver um compromisso para que a comissão parlamentar de inquérito (CPI) apresentasse “em 15 dias resultados e conclusões” e não em 90 dias, como propôs o PS.

“É uma proposta construtiva, que permite o esclarecimento desejado por aqueles que tanto o reclamam, e que impede que o país seja enlameado e arrastado para um processo que nos vai prejudicar a todos enquanto portugueses”, disse.

O secretário-geral do PS respondeu ao ministro Pedro Duarte que os socialistas não aceitam “nem combinações, nem negociatas com o PSD ou o Governo”.

“Para nós é fundamental uma comissão parlamentar de inquérito que cumpra as regras de uma comissão parlamentar de inquérito, que seja séria e permita o apuramento da verdade”, defendeu, considerando que o PSD “tinha pedido uma comissão privada de inquérito”.

Pedro Nuno Santos devolveu depois o desafio ao Governo para que “retire a moção de confiança e aceite a comissão parlamentar de inquérito”.

De seguida, o ministro dos Assuntos Parlamentares respondeu que se o PS aceitar a proposta que fez, “naturalmente o Governo retirará a moção de confiança”.

“Se for negativa a sua resposta, isso é muito esclarecedor sobre o que se tem passado” nos últimos dias, defendeu Pedro Duarte.

Pouco depois, a líder parlamentar do PS, Alexandra Leitão, defendeu que uma CPI com 15 dias “não é uma CPI”.

“O prazo mais curto é o de 90 dias. Não é o escrutinado que defende os termos em que é feito o escrutínio”, avisou.

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