Gaia e Porto destacam papel da Linha Rubi na criação de territórios mais sustentáveis

A Linha Rubi, com 6,4 quilómetros e oito estações, inclui uma nova travessia sobre o rio Douro, que será exclusivamente reservada ao metro e à circulação pedonal e de bicicletas.

Janeiro 9, 2024

Os autarcas de Gaia e do Porto destacaram hoje o papel da futura linha Rubi, que ligará Santo Ovídio à Casa da Música através de uma nova ponte, para a criação de um território mais sustentável e acessível.

Na cerimónia de consignação da empreitada da Linha Rubi do Metro do Porto, o presidente da Câmara de Vila Nova de Gaia, Eduardo Vítor Rodrigues, destacou que este projeto tem “um papel vital” na transformação do território.

“A Linha Rubi é a espinha dorsal e um verdadeiro sistema de transporte público”, destacou, defendendo que esta ligação será também uma “alternativa eficaz e eficiente” ao trânsito rodoviário.

Eduardo Vítor Rodrigues lembrou ainda que a linha é “uma homenagem a um setor económico marcante” para a região Norte e o país, uma vez que a nova travessia sobre o rio Douro se designará de “Ponte D. Antónia Ferreira, a Ferreirinha”.

Destacando a importância desta linha para o desenvolvimento económico e reabilitação urbana ao longo de todo o percurso, o autarca de Vila Nova de Gaia saudou “a seriedade do Governo” neste projeto, o “papel ímpar” do primeiro-ministro, António Costa, mas também “o papel decisivo” do autarca do Porto, Rui Moreira, e da administração da Metro do Porto.

“É este o caminho”, acrescentou Eduardo Vítor Rodrigues.

Também o autarca do Porto destacou o “extraordinário investimento público” que permitirá “mudar completamente o perfil das ligações” entre as duas cidades.

Rui Moreira, que tem sido crítico relativamente ao arranque desta empreitada, fez inúmeros agradecimentos, nomeadamente ao primeiro-ministro, ex-ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, secretário de Estado da Mobilidade Urbana, Jorge Delgado, e presidente do Conselho de Administração da Metro do Porto, Tiago Braga.

O principal agradecimento foi, no entanto, dirigido ao seu homólogo, Eduardo Vítor Rodrigues, que saudou por ter sabido “arbitrar as tensões” no seio da Área Metropolitana do Porto (AMP), entidade que preside.

“Não vai ser esquecido neste novo projeto”, salientou Rui Moreira, agradecendo também aos autarcas da AMP que concordaram com a decisão.

Rui Moreira reconheceu também terem existido tensões, mas considerou que as mesmas permitem “melhorar as decisões”.

“Estou convencido que, no futuro, as pessoas não vão esquecer que essas tensões e discussões valeram a pena e que as pessoas que levaram a cabo estas obras, com dificuldades e constrangimentos, fizeram o que os cidadãos estavam à espera”, acrescentou.

O contrato para a construção da Linha Rubi do Metro do Porto foi assinado com consórcio Alberto Couto Alves (ACA), FCC Construcción e Contratas y Ventas em 03 de novembro, por mais de 379,5 milhões de euros.

Em 20 de dezembro, o Tribunal de Contas concedeu visto prévio ao contrato de construção da Linha Rubi, disse fonte da empresa à Lusa.

O valor global de investimento da Linha Rubi (Casa da Música – Santo Ovídio, incluindo nova ponte sobre o rio Douro) é de 435 milhões, um investimento financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

A Linha Rubi, com 6,4 quilómetros e oito estações, inclui uma nova travessia sobre o rio Douro, que será exclusivamente reservada ao metro e à circulação pedonal e de bicicletas.

Em Gaia, as estações previstas para a Linha Rubi são Santo Ovídio, Soares dos Reis, Devesas, Rotunda, Candal e Arrábida, e no Porto Campo Alegre e Casa da Música.

A empreitada tem de estar concluída até ao final de 2026

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