A nova estrutura da sociedade foi designada para o quadriénio 2024-2027, um mês depois de André Villas-Boas ter sido eleito presidente do FC Porto.
João Begonha Borges, José Luís Andrade e Tiago Madureira foram eleitos para a comissão executiva da FC Porto SAD, que administra o futebol profissional dos “dragões”, após André Villas-Boas render Pinto da Costa na presidência.
De acordo com um comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) pelo terceiro classificado da edição 2023/24 da I Liga portuguesa, a presença de três dos vice-presidentes do clube na direção executiva da sociedade foi confirmada esta tarde em reunião do conselho de administração, que, ao final da manhã, tinha sido eleito por unanimidade numa Assembleia Geral de acionistas, no Estádio do Dragão, no Porto.
Além de André Villas-Boas, empossado há três semanas exatas como 34.º presidente do clube, e José Pereira da Costa, administrador com o pelouro financeiro, a recém-criada comissão executiva da FC Porto SAD passa a incluir João Begonha Borges (responsável pelas operações), José Luís Andrade (componente jurídica) e Tiago Madureira (negócio), ex-diretor executivo da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), de 2020 a 2023.
José Pereira da Costa foi eleito como representante para as relações com o mercado, ao passo que José Luís Andrade será o secretário da sociedade e tem como suplente Jorge Manuel Basto, que exerce ainda funções como secretário da Mesa da Assembleia Geral.
Já Carlos Gomes da Silva, ex-administrador da Galp e vice-presidente da nova FC Porto SAD, foi nomeado pelo conjunto dos administradores independentes como coordenador.
André Villas-Boas, José Pereira da Costa e Carlos Gomes da Silva estão no conselho de administração, tal como Ana Teresa Lehmann, secretária de Estado da Indústria do XXI Governo Constitucional, então chefiado pelo socialista António Costa, de 2017 a 2018, e Maria do Rosário Moreira, docente na Faculdade de Economia da Universidade do Porto.
Já as presidências da Mesa da Assembleia Geral e do Conselho Fiscal ficam, respetivamente, a cargo de António Tavares e Angelino Ferreira, antigo administrador financeiro da FC Porto SAD, replicando as funções desempenhadas em órgãos homólogos do clube.
A Comissão de Vencimentos vai ser presidida por Óscar Afonso, diretor da Faculdade de Economia do Porto, enquanto a Ernst & Young Audit prossegue como revisora oficial de contas da sociedade, cujos titulares de quatro órgãos foram aprovados por unanimidade.
A exceção aconteceu na ratificação por maioria, com uma abstenção, do novo Conselho Consultivo, que junta diversos “notáveis” nas 15 vagas efetivas e é liderado por Fernando Freire de Sousa, que já era o primeiro nome indicado para o Conselho Superior do clube.
A nova estrutura da sociedade foi designada para o quadriénio 2024-2027, um mês depois de André Villas-Boas ter sido eleito presidente do FC Porto, ao derrotar Pinto da Costa, líder há 42 anos e 15 mandatos, no sufrágio mais participado da história do clube.
Desde então, o ex-treinador foi apelando à rápida renúncia da administração cessante da SAD, mas todos os órgãos sociais prosseguiram em funções até ao fim da temporada da equipa de futebol, que arrebatou no domingo a Taça de Portugal pela 20.ª vez, e terceira seguida, com um triunfo face ao campeão Sporting (2-1, após prolongamento), no Jamor.
À imagem de outros jogos realizados depois das eleições, os dois dirigentes sentaram-se quase lado a lado na tribuna presidencial do Estádio Nacional, em Oeiras, e deram um abraço após o final da partida, levantando juntos o único troféu do FC Porto em 2023/24.
Se André Villas-Boas alcançou o primeiro troféu no futebol desde a sua tomada de posse presidencial, Pinto da Costa, de 86 anos, comemorou o 45.º e último em 27 temporadas como líder da SAD, fundada em 30 de julho de 1997, da mesma forma como chegou aos 69 cetros – sete dos quais internacionais – desde a primeira eleição no clube, em abril de 1982, tendo consolidado o estatuto de dirigente mais antigo e titulado do futebol mundial.