Porto e Gaia vão dividir despesa de 72,9 mil euros em fogo de artifício.
A Câmara do Porto está a tentar distribuir os empresários das diversões que ficariam na Boavista para os festejos de São João por outras zonas da cidade e a estudar a possibilidade de instalar a roda gigante noutro local.
“Temos pena do que se passa na rotunda da Boavista (…) Foi-nos anunciado que tudo aquilo iria estar desimpedido no início do mês, mas basta lá passar para perceber que não vai ser assim”, afirmou hoje o presidente da Câmara, Rui Moreira, à margem da apresentação do programa das festividades do São João.
Ao contrário de outros anos, a rotunda da Boavista não terá a habitual zona de diversões “devido a constrangimentos logísticos” das obras da Metro do Porto.
“A Metro tem-nos surpreendido sempre com o facto de as previsões não baterem certo de qualquer maneira”, referiu o autarca, defendendo, no entanto, que a cidade tem de viver com os constrangimentos das obras.
“Não podemos fazer disso também um drama, a cidade do Porto vai festejar o São João condignamente”, referiu.
Questionado sobre o que aconteceria aos empresários de equipamentos de diversão da Boavista, Rui Moreira afirmou que o município está a tentar distribuí-los por outras zonas da cidade, assim como a estudar a possibilidade de instalar a roda gigante noutro local da cidade.
“Estamos a pensar se a conseguimos instalar e onde, não é evidente. De resto, vamos conseguir certamente contentar os empresários, mas não é fácil a substituição de sítio, sobretudo para a roda gigante”, referiu, dizendo que os empresários estão “muito desapontados” por não se instalarem na Boavista.
Questionado se no próximo ano já será possível realizar o São João na Avenida dos Aliados, onde decorria antes do início das obras do metro, Rui Moreira disse esperar que sim.
“Dizem-me que as obras de conclusão do metro é agosto de 2025. Sendo assim, é provável que em final de junho de 2025 a cidade já esteja mais ou menos preparada, mas já me desabituei de acreditar nos prazos”, admitiu.
Já quanto à segurança, Rui Moreira afirmou que os protocolos estão a ser articulados com a Polícia de Segurança Pública (PSP).
“A noite de São João em termos desses tipos de riscos é a noite mais segura de todas. A melhor forma de nos salvaguardarmos é andarmos todos na rua. A presença de pessoas na rua limita muito esses fenómenos. Podemos ter outros fenómenos assimétricos, mas isso não nos preocupa muito”, salientou.
Destacando que o facto das festividades se distribuírem por três polos “funciona bem”, sobretudo em questões de segurança e mobilidade, disse que em breve será apresentado o plano de mobilidade.
Já quanto à eventual presença do Presidente da República ou do primeiro-ministro na noite de São João no Porto, Rui Moreira afirmou já ter enviado uma mensagem a Marcelo Rebelo de Sousa, como habitualmente faz.
“Ainda não me respondeu, não sei se vai estar, mas palpita-me que vá estar. Os outros veremos quem vem, espero que venham todos ao São João, não precisam de convite”, acrescentou.
Naquela que é considerada a noite mais longa do Porto, vão ser novamente instalados três palcos na cidade: Largo do Amor de Perdição (Cordoaria), Jardins do Palácio de Cristal e Casa da Música.
O “momento alto da noite”, o fogo de artifício, vai, sob o rio Douro, colorir os céus do Porto e de Vila Nova de Gaia durante 16 minutos, fruto de um investimento de 72.900 euros partilhado pelos dois municípios.
Ao longo das semanas que antecedem a noite de São João estão previstos vários espetáculos em jardins e praças das freguesias da cidade, como na Alameda das Fontainhas (Bonfim), o parque de estacionamento da Casa de Salgueiros (Paranhos), o Jardim Sarah Afonso (Ramalde), a Praça da Corujeira (Campanhã), a Esplanada do Castelo (Foz) e no Largo da Praia (Miragaia).
Este ano, o orçamento global das festividades foi de 680 mil euros.