Este ano, o Festival de Poesia e Música vai homenagear o poeta transmontano A.M. Pires Cabral e o maestro e compositor António Victorino d”Almeida.
Um comboio literário vai ligar a Estação de S. Bento, no Porto, ao Pocinho, em Vila Nova de Foz Côa, numa viagem que alia poesia, música e património do Douro, na abertura do festival do Côa.
Com partida marcada da Estação de S. Bento, pelas 09:20 de 30 de abril, o primeiro de quatro dias do Festival de Poesia e Música de Vila Nova de Foz Côa, o Comboio Literário deverá chegar ao Pocinho, por volta das 12:40.
Em declarações à agência Lusa, a vereadora do pelouro da Cultura do município de Vila Nova de Foz Côa, Ana Filipe, disse que o objetivo é que este comboio seja visto como um veículo privilegiado para a iniciativa, numa viajem até Vila Nova de Foz Côa, onde música e literatura são os “ingredientes” do festival.
“Ao longo da viagem, 22 alunos da Escola de Ballet Teatro de Matosinhos, vão de carruagem em carruagem recitar e distribuir poemas ao som de música”, disse a autarca.
Ana Filipe lembrou que seguiu no Comboio Literário, em 2024, e “foi um experiência interessante e enriquecedora para quem viajava ou foi apanhado de surpresa no percurso”.
“Os passageiros habituais e os turistas ficaram maravilhados com a iniciativa que, aliada à paisagem, tem um espetáculo único”, vincou.
A viagem tem uma componente turística marcada, pois atravessa dois Patrimónios Mundiais da Humanidade classificados pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO): o Alto Douro Vinhateiro e a Arte Rupestre do Vale do Côa.
Esta iniciativa é da responsabilidade do município de Vila Nova de Foz Côa e da CP – Comboios Portugal, no âmbito do programa do Festival de Poesia e Música, a realizar nesta cidade do distrito de Guarda, de 30 de abril a 03 de maio.
Este ano, o Festival de Poesia e Música vai homenagear o poeta transmontano A.M. Pires Cabral e o maestro e compositor António Victorino d”Almeida.
Figuram ainda no cartaz autores como Ana Zanatti, Fernando Pinto do Amaral, Rui Lage, os atores Rui Spranger e Ana Couto, e músicos como o compositor e contrabaixista Alejandro Erlich-Oliva e a “cantautora” Mafalda Veiga.
Segundo o diretor e fundador da iniciativa, Jorge Maximino, este festival literário, o mais antigo do país, criado em 1984, “mantém-se como um espaço aberto à palavra poética e à criação artística, uma das suas premissas essenciais”.
Durante todo o festival, decorre a habitual Feira do Livro de Poesia, promovida pela Snob – Livraria e Editora.
O festival vai ocupar o Pequeno e o Grande Auditório do Centro Cultural de Foz Côa, assim como o Hall, onde se realiza a feira do livro, e onde será feita uma instalação dos artistas António Barros e Augusta Villalobos.
A sessão “Pinguim Fora de Portas” vai recriar em palco o hábito das “segundas de leitura” do espaço Pinguim, no Porto, que há mais de 30 anos mantém a divulgação de poesia junto do público.
Na área da “performance”, os estudantes do Balleteatro levam a poesia à rua, em locais como o Mercado, a Rua de S. Miguel, a Praça do Tablado e a Praça do Município.
No grande auditório do Centro Cultural de Foz Côa, alunos do concelho vão apresentar o espectáculo poético “Recado aos amigos distantes”.
O Festival de Poesia e Música de Foz Côa é organizado pela SOMA – Associação de Arte e Cultura, em parceria com o município de Vila Nova de Foz Côa.
Todas as sessões e espetáculos têm entrada livre, limitada à lotação da sala.