Com esse propósito, entre as 8h30 e as 18h30, vai decorrer uma ação especial no Centro Materno Infantil do Norte, no Largo da Maternidade Júlio Dinis. Cada gota de sangue doada é um gesto de solidariedade que salva vidas.
No dia 27 de março, celebra-se o Dia Nacional do Dador de Sangue, uma data que relembra o poder de um simples ato solidário: doar sangue é doar vida. Para assinalar o dia, a Rádio Nova e o Jornal Público uniram forças numa iniciativa solidária para salvar vidas.
Com esse propósito, no dia 27 de março, entre as 8h30 e as 18h30, decorrerá uma ação especial no Centro Materno Infantil do Norte, no Largo Júlio Dinis. Esta é uma parceria que pretende mobilizar a comunidade para uma causa nobre, promovendo a solidariedade.
Nos últimos anos, Portugal tem registado uma queda no número de dadores. Marika Antunes, médica na Unidade Hospitalar de Santo António, admitiu à Rádio Nova que esta diminuição pode estar relacionada com algumas alterações na legislação.
“Há cerca de uma década, todos os dadores que vinham dar sangue tinham livre acesso às consultas, isenção de taxas moderadoras e outros benefícios que ao longo dos anos, foram-se perdendo”.
Este facto tem vindo a preocupar a unidade de saúde, que apela à dádiva e alerta para a necessidade de mobilização urgente de dadores, de forma a evitar a falta de sangue nos hospitais. As unidades hospitalares têm enfrentado uma escassez de reservas de sangue, sendo os grupos Sanguíneos A+, A-, O+ e O- os mais necessitados.
“Nós estamos a precisar muito de sangue. Quando digo “nós”, não é só a Unidade de Saúde Santo António. A nível nacional, e mesmo europeu, temos assistido a uma diminuição de sangue”, afirma Marika Antunes.
Quem pode doar sangue?
Todas as pessoas em bom estado de saúde, com hábitos de vida saudáveis, peso igual ou superior a 50 Kg e idade compreendida entre os 18 e os 65 anos. Contudo, para uma primeira dádiva, o limite de idade é 60 anos.
Antes da dádiva, o dador deve preencher um questionário e assinar o consentimento para a colheita de sangue e realização de análises – grupo sanguíneo, hemograma e marcadores da Hepatite B, Hepatite C, HIV, Sífilis e HTVL.
Após a dádiva, os dadores devem ficar em repouso nas instalações da colheita por pelo menos dez minutos, devem reforçar a ingestão de líquidos e não devem realizar esforço físico intenso pelo menos até seis horas depois da dádiva.
Um gesto que salva vidas
O processo de recolha de sangue é um procedimento rápido, que dura cerca de 30 minutos e pode ajudar a salvar a vida de várias pessoas, já que uma única unidade de sangue pode servir para ajudar até três vidas.
Para incentivar a doação, o CMIN disponibiliza estacionamento gratuito a todos os dadores. A iniciativa visa facilitar o acesso, evitando que as dificuldades de mobilidade causas pelas obras do metro se tornem um obstáculo.
Cada gota de sangue doada é um gesto de solidariedade que salva vidas.