Há pelo menos sete desaparecidos, um em Valência e seis em Letur.
Pelo menos 51 pessoas morreram depois de chuvas torrenciais inundarem estradas e cidades no sudeste de Espanha na terça-feira, levando as autoridades das zonas mais afectadas a aconselhar os cidadãos a ficarem em casa e evitarem viagens não essenciais. Há pelo menos sete desaparecidos, um em Valência e seis em Letur.
“Podemos avançar com um primeiro número com base na informação recebida pelos diferentes órgãos e forças de segurança e emergência. Neste momento, provisoriamente, o número de vítimas mortais ascende a 51 pessoas. O processo de levantamento e identificação das vítimas está a começar”, afirma o Centro Integrado de Coordenação Operacional do governo espanhol, citado pelo El País.
A Agência Estatal de Meteorologia de Espanha (AEMET) declarou alerta vermelho na região Leste de Valência e o segundo nível mais elevado de alerta em partes da Andaluzia, no Sul, onde um comboio descarrilou devido à chuva forte, em Málaga. Ninguém ficou ferido na sequência do acidente.
Na localidade de Letur, em Albacete, também atingida pelas cheias que assolam o Sul do país, estão a decorrer buscas para localizar seis pessoas desaparecidas. Esta localidade do município de Albacete sofreu uma forte inundação, que arrastou dois funcionários municipais dentro de um veículo que ainda não foi encontrado.
Em Valência, imagens mostram bombeiros a resgatar condutores presos debaixo de chuva intensa na cidade de Alzira e carros presos em vias inundadas. Nesta região, no município de L’Alcúdia, existe outra pessoa desaparecida na sequência das cheias, desde o início da tarde desta terça-feira. Dezenas de pessoas ficaram presas pela água em diferentes pontos da província da região, incluindo em centros comerciais, veículos, telhados ou árvores, disseram moradores de diferentes localidades.
“Quem estiver perto de leitos de rios ou barrancos deve procurar o local mais alto e mais próximo. A noite vai ser longa”, alertou Carlos Mazón. A precipitação na região de Valência foi a mais elevada em 24 horas desde 11 de Setembro de 1966, de acordo com dados oficiais.
Perto da meia-noite desta quarta-feira, as autoridades de Valência avançaram ter registo de vítimas mortais na região, mas, por respeito às famílias, só confirmaram o número de mortos na manhã desta quarta-feira. “Foram encontrados cadáveres, mas, por respeito às famílias, não vamos adiantar mais detalhes”, disse Carlos Mazón, presidente da Comunidade Valenciana, aos jornalistas, citado pela Reuters.