O acordo implica uma trégua de quatro dias e a libertação de reféns israelitas pelo Hamas e de detidos palestinianos em prisões israelitas, a maioria, dos dois lados, mulheres e menores.
A trégua de quatro dias acordada entre Israel e o Hamas entrou em vigor na madrugada desta sexta-feira e parece estar a ser integralmente cumprida por ambos os lados, segundo os relatos das agências internacionais.
Se a situação não se agravar nas próximas horas, 13 reféns israelitas serão libertados pelo Hamas a partir das 14h de hoje (hora em Portugal continental, menos duas do que em Gaza).
Já em liberdade e à responsabilidade da Cruz Vermelha Internacional, os reféns serão submetidos a testes médicos no Egipto e seguirão depois para Israel.
Só nessa altura serão libertados 39 prisioneiros palestinianos, num processo que se repetirá diariamente até segunda-feira.
Depois disso, e segundo os termos do acordo, a trégua poderá ser estendida se o Hamas libertar pelo menos dez reféns adicionais por dia, avança a BBC.
No entanto, uma correspondente do canal britânico no Médio Oriente, Yolande Knell, avisa que a situação nos próximos quatro dias será “muito perigosa”, e tudo poderá mudar de um momento para o outro.
“Se [as forças israelitas] conseguirem localizar, por exemplo, um dos principais líderes do Hamas, conseguirão resistir a não atacar?”, questiona Knell no site da BBC.
Da mesma forma, há forças terrestres israelitas presentes na Faixa de Gaza, onde qualquer erro de cálculo pode potenciar confrontos com combatentes do Hamas e de outros grupos armados palestinianos, salienta a correspondente da BBC.