Em 10 de fevereiro, o presidente da câmara, Rui Moreira, disse não existir “nenhuma alternativa” para o transporte público que circula na Rua de Costa Cabral, onde confluem diversas atividades, como comércio, serviços, escolas e clubes desportivos.
A Câmara do Porto estima ser possível mitigar a médio prazo os conflitos de uso num troço da Rua de Costa Cabral, através da utilização de uma rua paralela para a largada de passageiros de instituições desportivas e escolares.
À margem da reunião privada do executivo, o vereador com o pelouro do Urbanismo do município, Pedro Baganha, afirmou hoje que “num primeiro troço será possível a médio prazo perspetivar uma solução que mitigue os problemas de conflitos de usos”.
O tema foi novamente trazido a discussão pelo vereador do Bloco de Esquerda, para quem é possível fazer “mais qualquer coisa” naquela que é uma das maiores artérias da cidade.
“Fui confrontado com lombas de redução de velocidade em Santos Pousada quando acabaram as obras, num sítio em que é necessário reduzir a velocidade, mas pergunto porque é que em Costa Cabral não é possível adotar medidas deste género”, salientou Sérgio Aires.
Com cerca de cinco quilómetros, a Rua de Costa Cabral liga o Jardim do Marquês à Areosa.
Aos jornalistas, o vereador do Urbanismo esclareceu que será possível “perspetivar uma solução” até ao primeiro entroncamento daquela via (no sentido Jardim do Marquês — Areosa), que abrange o Académico e a OSMOPE: Creche e ATL.
A solução está, no entanto, dependente de duas operações urbanísticas nas traseiras das respetivas instituições com vista a criar uma rua “mais ou menos paralela” à Costa Cabral para a largada de passageiros.
“A boa notícia é que um dos loteamentos já está aprovado, o outro não. Pertence à Santa Casa da Misericórdia e, tanto quanto tenha conhecimento, ainda não está em curso o projeto definitivo”, afirmou Pedro Baganha.
O vereador avançou ainda que os serviços municipais estão a analisar as diversas pronúncias, “que são recorrentes”, sobre a segurança e fruição daquele espaço tanto pelos cidadãos, como automobilistas.
Se forem “consideradas pertinentes e úteis”, o município tenciona avançar com a implementação de algumas medidas de mitigação, como “eventuais lombas”, no entanto, “para a totalidade da Rua de Costa Cabral não há alternativa”, assinalou Pedro Baganha.
Em 10 de fevereiro, o presidente da câmara, Rui Moreira, disse não existir “nenhuma alternativa” para o transporte público que circula na Rua de Costa Cabral, onde confluem diversas atividades, como comércio, serviços, escolas e clubes desportivos.
“A rua é ladeada por casas e edifícios à face e, ao mesmo tempo, as faixas de rodagem ocupam cerca de 70% da sua largura, ou seja, cada um dos passeios representa apenas 15%”, detalhou Rui Moreira, acrescentando que se “conseguia resolver” o problema se a Rua de Costa Cabral não fosse considerada via estruturante no Plano Diretor Municipal (PDM).
Duas semanas antes, quando questionado pela vereadora da CDU sobre as preocupações partilhadas por um encarregado de educação da Academia de Música de Costa Cabral, Rui Moreira afirmou não existirem “milagres” para solucionar os “muitos problemas que conflituam” naquela artéria.
No final de janeiro, durante uma reunião da Assembleia Municipal, um encarregado de educação da Academia de Música de Costa Cabral apelou para que fossem adotadas medidas para promover a segurança rodoviária naquela via.