De acordo com informação disponibilizada à Lusa, as principais funções deste projeto, que será aberto a toda a cidade, serão a promoção da reutilização e a reparação de eletrodomésticos, mobiliário e computadores.
A Câmara do Porto anunciou hoje o projeto EcoPorto — Centro para a Circularidade, que está a nascer no Ecocentro da Prelada, e a criação de uma plataforma digital, com o objetivo de por em prática o conceito de economia circular.
De acordo com informação disponibilizada à Lusa, as principais funções deste projeto, que será aberto a toda a cidade, serão a promoção da reutilização e a reparação de eletrodomésticos, mobiliário e computadores.
Com esse propósito, foi criado um espaço multidisciplinar de oficina, armazém e formação, para que estes objetos, após a sua reparação, sejam entregues, gratuitamente a entidades de cariz social ou a quem demonstrar interesse nos mesmos (munícipes ou empresas).
Pretende-se, assim, que o projeto EcoPorto contribua ativamente para a economia circular, oferecendo benefícios ambientais, económicos e educacionais e sociais.
Como parte integrante do projeto foi desenvolvida uma plataforma digital que é parte fundamental para efetuar a ligação entre oferta e procura, ou seja, permitirá a divulgação dos materiais/produtos reparados e existentes em armazém ou por munícipes e entidades.
Adicionalmente, a plataforma será também canal de divulgação das atividades formativas, workshops e outras ações de sensibilização ligadas à temática da circularidade.
Em 2023, foram recolhidas ao domicílio 97 toneladas de resíduos de equipamentos elétricos e eletrónicos, o que numa estimativa de reutilização de 10% do material recolhido, evita a emissão de 312 toneladas de CO2 equivalente, segundo a autarquia.
O dióxido de carbono equivalente (CO2eq) consiste numa medida internacionalmente padronizada utilizada para comparar as emissões de vários gases de efeito estufa.
No mesmo ano foram recolhidas 336 toneladas e objetos fora de uso e 837 toneladas de resíduos de madeiras.
“Numa estimativa de reutilização de 10% deste material, evitamos a emissão de seis toneladas de CO2eq e ainda geramos potencial para a criação de seis postos de trabalho”, de acordo com os dados da autarquia.
Este novo projeto, iniciativa da Porto Ambiente, além de maximizar a recirculação de produtos e minimizar a produção de resíduos, visa também criar oportunidades e modelos de negócio, produtos, serviços e empregos e ajudar no combate às alterações climáticas e à diminuição das emissões de carbono.
Visa ainda a capacitação técnica de pessoas para a reutilização/revitalização de equipamentos/materiais e impulsionar a participação voluntária de munícipes e instituições em ações de reutilização e reparação de materiais.
Entre as valências deste modelo está ainda, entre outras, a dinamização de workshops e eventos de reutilização e circularidade, ou seja fomentar a criação de hábitos de reutilização e potenciar as boas práticas de prolongamento da vida útil dos produtos.
O novo “EcoPorto”, o Centro para a Circularidade da cidade do Porto, foi hoje apresentado pelo vice-presidente da Câmara do Porto, Filipe Araújo, no Ecoponto da Prelada.