O projeto de requalificação e ampliação da Biblioteca Pública Municipal do Porto, assinado pelo arquiteto Eduardo Souto Moura e com um custo estimado de 17 milhões de euros, vai permitir triplicar a capacidade de depósito.
A Biblioteca Pública Municipal do Porto, em frente ao Jardim Marques de Oliveira (conhecido como São Lázaro), vai encerrar no primeiro semestre deste ano para obras de requalificação, adiantou hoje o diretor do Museu e Bibliotecas do Porto.
“Terá lugar [encerramento], seguramente, ainda no primeiro semestre deste ano. Nós estamos a ultimar esse calendário, não será um fecho radical porque procuraremos manter os serviços indispensáveis, sobretudo para trabalhos de investigação em curso”, disse Jorge Sobrado aos jornalistas à margem da apresentação da exposição “Os Lusíadas” na Câmara Municipal do Porto.
O objetivo é que no arranque da empreitada não haja fundos bibliográficos, nem mobiliário, nem equipamentos, nem funcionários a trabalhar na biblioteca, ressalvou.
Além do fecho da biblioteca, Jorge Sobrado confirmou que vai cessar funções no Museu e Bibliotecas do Porto a 19 de fevereiro.
E acrescentou: “Mantenho, todavia até lá integralmente e de forma muito entusiasta, o cumprimento do meu papel, das minhas obrigações e manterei, a convite do presidente da Câmara Municipal do Porto, uma colaboração graciosa como cidadão do Porto na programação das comemorações do 25 de Abril e também num conjunto de exposições de que sou o curador e de que não irei abandonar”.
O projeto de requalificação e ampliação da Biblioteca Pública Municipal do Porto, assinado pelo arquiteto Eduardo Souto Moura e com um custo estimado de 17 milhões de euros, vai permitir triplicar a capacidade de depósito.
O avanço do projeto esteve condicionado cerca de nove meses, devido à decisão do Tribunal de Contas, que considerava existirem “direitos de autor” passados e defendia o lançamento de um concurso público, por oposição a um ajuste direto.
O projeto prevê a construção de “uma torre”, que aproveitará o espaço em altura, uma ampliação para as traseiras do edifício principal, voltado para o Jardim de São Lázaro, e a demolição e construção de algum edificado que, no passado, foi acrescentado nas traseiras da biblioteca, explicou o arquiteto, em junho de 2021, na apresentação do projeto à vereação.