Os responsáveis do banco central deram sinais claros de que uma descida das taxas está agora bastante mais próxima.
O Banco Central Europeu manteve, como esperado, as suas taxas de juro no nível máximo em que se encontram desde Setembro. No comunicado emitido mostrou, no entanto, maior abertura à realização de um corte de taxas, algo que deverá acontecer já na próxima reunião agendada para Junho.
Cumprindo as expectativas dos mercados, a taxa de juro de depósito definida pela autoridade monetária – que serve de principal referência para o nível das taxas de juro que se verificam no mercado – continua a ser de 4%. Os membros do conselho de governadores do BCE decidiram que não é ainda o tempo de começar a suavizar o combate feito à inflação, apesar de esta ter voltado, no mês de Março, a aproximar-se da meta de 2% definida pela instituição.
Ainda assim, no comunicado publicado no final da reunião realizada esta quinta-feira em Frankfurt, os responsáveis do banco central deram sinais claros de que uma descida das taxas está agora bastante mais próxima.
De facto, o texto publicado assume pela primeira vez, de forma explícita, a possibilidade de realização de um corte das taxas de juro. “Se a avaliação actualizada do conselho de governadores à evolução da inflação, à dinâmica da inflação subjacente e à força da transmissão da política monetária voltarem a aumentar a sua confiança de que a inflação está a convergir com o objectivo de uma forma sustentada, será apropriado reduzir o actual nível de restrição da política monetária”, afirma o comunicado.
Uma frase deste tipo serve para reforçar a convicção, que já era generalizada, de que um primeiro corte das taxas de juro deverá acontecer na reunião agendada para 6 de Junho.